Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 09 de Dezembro de 2020 às 03:00

A preocupação com a logística da vacina

Rússia e Reino Unido já deram início à campanha de vacinação contra a Covid-19. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, as primeiras doses chegarão entre janeiro e fevereiro. Mas esta parece ser uma realidade ainda distante no País, onde a população pagará por suas escolhas políticas. Com as vacinas em aprovação, o governo federal já deveria estar com a logística pronta para operacionalizar a maior campanha nacional de imunização. No entanto, pouco se ouve falar sobre a compra de materiais como agulhas, seringas e equipamentos para armazenar as doses.
Rússia e Reino Unido já deram início à campanha de vacinação contra a Covid-19. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, as primeiras doses chegarão entre janeiro e fevereiro. Mas esta parece ser uma realidade ainda distante no País, onde a população pagará por suas escolhas políticas. Com as vacinas em aprovação, o governo federal já deveria estar com a logística pronta para operacionalizar a maior campanha nacional de imunização. No entanto, pouco se ouve falar sobre a compra de materiais como agulhas, seringas e equipamentos para armazenar as doses.
Outra reflexão necessária é sobre o sistema de inteligência epidemiológica, atrelado à ampla testagem, à busca ativa, ao rastreamento de casos positivos e à avaliação constante dos indicadores e determinantes em saúde. As doenças pandêmicas e epidêmicas ocorrem há bastante tempo no mundo. Basta lembrar que o coronavírus tipo 1 circulou no Oriente Médio nos anos 2000. Havia uma falsa sensação de que estes fenômenos só aconteciam em outros continentes. Até chegar o novo coronavírus.
Para enfrentar uma crise sanitária como essa, temos de ter uma estrutura preparada e robusta. Infelizmente, vivenciamos sucessivas tentativas de destruição do serviço público e de implantação de um Estado mínimo.
A Covid-19 deixa evidente a necessidade de um Estado forte, que responda à altura de desafios desta natureza. Não há como enfrentar uma pandemia sem um sistema de inteligência epidemiológica e sem pesquisa em saúde. Esperamos que o Brasil e, em especial, o Rio Grande do Sul, se atentem para isso. Precisamos de um sistema de vigilância e de inteligência epidemiológica, articulado entre os governos federal, estaduais e municipais. Somente assim, poderemos executar as ações de saúde efetivamente, agir de forma rápida e com acurácia. Construir articulações é condição essencial para vencer a guerra contra um vírus de alta propagação.
A pandemia mostrou que é preciso valorizar os serviços públicos, bem como articular as ações de saúde pública com a saúde animal. Ter uma visão de saúde única para que possamos superar a situação do novo coronavírus e estar constantemente preparados para novos adventos. Para sair da maior crise sanitária de todos os tempos, há duas tarefas imprescindíveis: implantar sistema de inteligência epidemiológica e, de forma urgente, priorizar a logística de distribuição da vacina. Mais uma vez, será fundamental o papel dos servidores públicos.
Presidente do Sindicato dos Servidores de Nível Superior do RS
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO