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Opinião

- Publicada em 26 de Outubro de 2020 às 03:00

Incertezas na volta às aulas na rede estadual

Sete meses já se passaram desde que as aulas presenciais foram suspensas no Rio Grande do Sul. E, enquanto a rede privada de ensino retoma gradualmente suas atividades, a rede pública - por incrível que pareça - segue atolada em uma série de obstáculos e incertezas. O cronograma de retomada estabelecia um retorno paulatino a partir do dia 20 de outubro, mas visitando escolas estaduais, constatei que as perspectivas são muito pessimistas.
Sete meses já se passaram desde que as aulas presenciais foram suspensas no Rio Grande do Sul. E, enquanto a rede privada de ensino retoma gradualmente suas atividades, a rede pública - por incrível que pareça - segue atolada em uma série de obstáculos e incertezas. O cronograma de retomada estabelecia um retorno paulatino a partir do dia 20 de outubro, mas visitando escolas estaduais, constatei que as perspectivas são muito pessimistas.
O impasse é claro: a Secretaria de Educação faz, por um lado, esforço significativo para oferecer às escolas os materiais e equipamentos necessários para a volta às aulas. Apesar do empenho, nota-se que a operação ocorre de forma improvisada e ineficiente, como se a pandemia fosse uma novidade em nosso Estado. Por outro lado, uma porção significativa da classe docente, capitaneada pelo CPERS, ainda se nega a voltar à sala de aula e cumprir com seus contratos de trabalho. Alegam que só haverá a devida segurança quando houver uma vacina(!).
Em meio a essas incertezas, fica mais uma vez em segundo plano aquele cujo interesse deveria ser a prioridade sempre que se fala em educação: o aluno. Enquanto governo e sindicato discutem, a imensa maioria das 820 mil crianças e jovens matriculados na rede estadual de ensino tem restringido de maneira significativa seu direito à educação. Toda uma geração de alunos corre sérios riscos de sofrer os catastróficos efeitos de um fechamento extremamente longo e duradouro das escolas.
Especialistas há muito vêm alertando para os impactos no aprendizado, na renda e na desigualdade que este período sem aulas poderá trazer para o Rio Grande do Sul no médio e longo prazo. Obviamente gostaríamos de estar vivendo um momento diferente, mas chegou a hora da sociedade gaúcha enfrentar essa situação que se alonga mais do que deveria. Precisamos assegurar que, da forma mais segura e adequada possível, as crianças e jovens que irão construir o Rio Grande do Sul do futuro tenham resguardados um dos seus direitos mais fundamentais: a educação.
Deputado estadual (Novo)
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