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Opinião

- Publicada em 22 de Outubro de 2020 às 03:00

Custos da pandemia na saúde: agora e depois

As incertezas acompanharam todo este período em que as empresas foram compelidas a mudanças de rota e à forma de administração de seus recursos diante da pandemia. A crise foi, inicialmente, vista como um período que iria sacrificar os recursos diante do aumento das coberturas e de aumento de custos com o acolhimento dos casos da Covid-19, com a provável alta da inadimplência.
As incertezas acompanharam todo este período em que as empresas foram compelidas a mudanças de rota e à forma de administração de seus recursos diante da pandemia. A crise foi, inicialmente, vista como um período que iria sacrificar os recursos diante do aumento das coberturas e de aumento de custos com o acolhimento dos casos da Covid-19, com a provável alta da inadimplência.
Entretanto, o quadro não ocorreu exatamente dessa forma: os custos da pandemia estão aí, mas houve uma maior redução dos custos assistenciais com a diminuição das consultas e procedimentos eletivos, gerando com isto um resultado acumulado positivo que inclusive poderá superar o dos anos anteriores.
Diante desta situação, vislumbramos a necessidade estratégica de medidas de gestão eficaz para os próximos anos, tendo em vista a previsão de custos advindos da demanda reprimida. As operadoras de planos de saúde - dentre elas as cooperativas de saúde - deverão propor uma forma de realizar o provisionamento (estoque de recursos) para ser utilizado a partir de 2021. Este valor deverá ser calculado de acordo com os resultados acumulados até o terceiro trimestre de 2020 e uma projeção para o trimestre final, indicando um percentual do resultado do exercício, podendo chegar até 80% do valor apurado.
Verificado o resultado existente na posição do terceiro trimestre, sugere-se levar para uma Assembleia Geral Extraordinária a proposta de criação de uma Reserva (fundo) de acordo com o que estabelece o § 1º do art. 28 da Lei 5.764/71 denominando-o de "Reserva para os Efeitos da Covid-19", a fim de garantir que parte do resultado permaneça na Cooperativa Operadora e esteja disponível para suportar um aumento de custos nos próximos exercícios.
A aprovação da formação desta Reserva, para quem tem resultado significativo acumulado, deve levar em consideração o aspecto da formação do resultado a partir de uma identificação da sinistralidade dos planos de preço preestabelecido. Fica assim configurado que a utilização da Reserva servirá como um recurso disponível no patrimônio líquido e, portanto, possa ser revertido para equilibrar o resultado a partir de um eventual prejuízo futuro.
Em tempos de imprevisão a estratégia é de garantir recursos para sustentar o que vier a ocorrer, como efeito retardado dos custos assistenciais que ainda não aconteceram e por isto não possam estar dentro das provisões legalmente previstas.
Assessor Contábil da Unimed Federação/RS
 
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