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Opinião

- Publicada em 21 de Outubro de 2020 às 03:00

O Cisne Negro

Estes dias li o livro 'A lógica do Cisne Negro', de Nassim Nicholas Taleb. Uma leitura relativamente técnica, massante às vezes, que traz conceitos interessantes: os grandes e imprevisíveis eventos que, de tempos em tempos, impactam fortemente a sociedade. Alguns exemplos de Cisnes Negros mundiais são o ataque terrorista de 2001, a crise nos EUA em 2008, o surgimento da Covid-19. Já em nível nacional, destaco escândalos políticos e de corrupção, como o famoso "Joeley day" em 2017.
Estes dias li o livro 'A lógica do Cisne Negro', de Nassim Nicholas Taleb. Uma leitura relativamente técnica, massante às vezes, que traz conceitos interessantes: os grandes e imprevisíveis eventos que, de tempos em tempos, impactam fortemente a sociedade. Alguns exemplos de Cisnes Negros mundiais são o ataque terrorista de 2001, a crise nos EUA em 2008, o surgimento da Covid-19. Já em nível nacional, destaco escândalos políticos e de corrupção, como o famoso "Joeley day" em 2017.
Tais eventos caracterizam-se, também, por transformarem a vida das pessoas e a ideia central do livro é abordar a cegueira do ser humano em relação à aleatoriedade. Mostrar que nos concentramos nas pequenas coisas da vida e não nos eventos inesperados e que causam consequências no nosso meio.
A lógica "torna o que você não sabe mais relevante do que aquilo que você sabe". São imprevisíveis por definição. "Mas como podemos tentar antever o futuro dado o conhecimento que temos do passado?". Segundo ele, não podemos. Traz um exemplo que é dos mais ilustrativos do livro: "Imagine um peru que é alimentado diariamente. Cada refeição servida reforçará a crença do pássaro de que a regra geral da vida é ser bem alimentado pela mão humana. Numa bela tarde de véspera do Natal, algo inesperado acontecerá. Ele terá que revisar as suas crenças.
A cada dia o peru se sentia mais seguro, apesar da sua morte ser cada vez mais iminente".
Fica claro, neste exemplo, que um determinado comportamento constante no passado, não necessariamente garantirá o futuro. E ainda, "mil dias não podem provar que você está certo, mas apenas um dia pode provar que você estava errado".
Segundo ele, o ser humano tem fome por regras, precisando simplificar as questões e, quanto mais o fizer, mais tenderá a pensar que o mundo é menos aleatório do que é realmente. É exatamente a aleatoriedade que caracteriza o Cisne Negro. Quem espera apreender a fórmula para prevê-los, vai se decepcionar. Não existe tal fórmula.
A grande mensagem é essa: não conseguimos prever o imprevisível. É preciso investir em preparação, e não em predição. Temos que estar conscientes de que teremos episódios relevantes que irão impactar a cidade, o País ou o mundo. Portanto, tome as suas decisões pessoais, familiares ou empresariais sempre pensando que o imponderável poderá acontecer. O Cisne Negro não estará nas previsões dos especialistas. Só acontecerá.
Empresário
 
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