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Opinião

- Publicada em 15 de Outubro de 2020 às 03:00

Outubro de 2020

O calendário como fonte de registro dos dias, semanas e meses é também onde estão marcadas as datas importantes, sejam elas religiosas, cívicas ou de alusões a significados importantes.
O calendário como fonte de registro dos dias, semanas e meses é também onde estão marcadas as datas importantes, sejam elas religiosas, cívicas ou de alusões a significados importantes.
O mês de outubro, além das consagrações normais, reserva o dia 12 como o Dia das Crianças e, também, como o dia de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil. Esta dualidade "criança", primeira força de esperança no futuro de um país, aliada ao festejo cristão da padroeira desse mesmo país, é deveras significativo. Nesse enfoque de coincidências, somam-se as homenagens do mês de outubro à escolha do dia 15 como o Dia do Professor.
A tríade de consagração por esses elementos que evocam patriotismo, proteção religiosa e educação nos reporta a uma das mais sérias consequências que este ano de 2020, pela Covid-19, trouxe ao nosso país. Sem dúvida, este é um ano que pode ser designado com o título de um ano perdido. Perdemos um ano no processo educacional, que irá repercutir em várias gerações. Essa é uma marca que traz um gap irrecuperável no processo das crianças e dos jovens, por ter atingido as faixas etárias dos alunos desde a pré-escola até a universidade.
Pelas inúmeras variáveis que interferiram para que este fenômeno da pandemia se instalasse no mundo, nunca poderemos ter a certeza a quem cabe a responsabilidade dos fatos, em termos de conteúdo significativo, dentro da objetividade e subjetividade que lhes cabe. É o escuro negativo de um tempo não retorna.
Ainda estamos em um período semelhante a um sumidouro no qual estamos caminhando e nos movendo sem rumo e sem orientação precisa. Esse é um tempo de ensaio e de erros na busca de acertos. Isso nos fez ver que a educação brasileira, há alguns anos, vem ocupando na escala dos programas saúde, segurança e educação, pontos altos para o desenvolvimento e progresso de um país, aquele popular e célebre rótulo "muita conversa e pouca ação".
A educação perdeu seu rumo político e filosófico de ação com valores, princípios, ética e moral. Passou da ciência, da arte, da nobre missão de educar como processo interativo/integrativo focado no aluno, seu centro principal, a um improviso sem empatia e responsabilidade. Temos bons professores e boas escolas. Por isso, não podemos generalizar essa perda de alma que esvaziou o processo educacional.
É uma forma triste e lamentável de dizermos que o coronavírus, embora todos os males que ele nos propiciou, em especial o grande número de mortes, serviu para o alerta de que é urgente dar à educação o lugar que lhe cabe por direito em nosso País.
Professora, diretora do Instituto MC de Educação Social
 
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