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Opinião

- Publicada em 13 de Outubro de 2020 às 15:50

Política: mãos femininas têm valor

Esta eleição será diferente de todas as outras. E por muitos motivos: uma campanha quase 100% virtual, com mais tempo para discussão de ideias devido às mudanças no calendário eleitoral. Também, mudará a composição das câmaras de vereadores, sendo o primeiro pleito sem a coligação proporcional. Enfim, tudo está e será diferente. Em tempos de pandemia, as incertezas se somam às fragilidades causadas pela crise — seja na saúde, na educação ou na economia.
Esta eleição será diferente de todas as outras. E por muitos motivos: uma campanha quase 100% virtual, com mais tempo para discussão de ideias devido às mudanças no calendário eleitoral. Também, mudará a composição das câmaras de vereadores, sendo o primeiro pleito sem a coligação proporcional. Enfim, tudo está e será diferente. Em tempos de pandemia, as incertezas se somam às fragilidades causadas pela crise — seja na saúde, na educação ou na economia.
Um cenário tão desafiador exige, também, uma nova atitude. E essa postura, necessariamente, passará pelas prefeituras e pelos legislativos municipais em 2020. Depois de tudo que vivemos, o mundo pede mais equilíbrio. Mais do que nunca, a voz das mulheres na democracia se torna primordial para a reconstrução do País.
Conhecemos o significado do zelo de perto. Recente estudo de percepção aponta que 83% das pré-candidatas desta eleição são mães; e 55% são casadas e cuidam das suas famílias. Infelizmente, 40% delas ainda encaram como o principal desafio deste pleito o preconceito de gênero. Foram ouvidas 433 pré-candidatas, de 126 cidades do Estado. A maior fatia das mulheres que colocou seu nome à disposição possui entre 41 e 50 anos. E quando questionadas sobre quais serão suas bandeiras, mais de 40% respondeu que saúde ou educação estarão no topo das prioridades.
Cada vez mais mulheres estão conscientes de seu papel como porta-vozes dos sonhos e das reivindicações de suas comunidades. Buscam ser protagonistas não pelo discurso reducionista da equidade de gênero — que, sozinho, não se sustenta. O que motiva verdadeiramente as futuras candidatas é a certeza de que poderão contribuir com uma visão própria, qualificada e fundamentalmente feminina sobre as nossas cidades.
Nesta eleição, as mulheres não serão “laranjas” — como são chamadas as candidatas que disputam o pleito apenas para cumprir a cota prevista em lei. Elas serão as raízes de uma gestão pública mais moderna, eficiente e conectada aos novos tempos. Em suas vidas, as mulheres precisam da política. Por isso, a política também precisa delas — de sua sensibilidade, do cuidado, da doação e da entrega. Características que estão no gene de quem gesta, concebe e cria. Mãos femininas têm valor, sobretudo na democracia.
Advogada
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