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Opinião

- Publicada em 24 de Setembro de 2020 às 03:00

Pandemia e a reinvenção do setor calçadista

Não é novidade que o setor calçadista, assim como tantos outros, foi fortemente afetado pela pandemia do novo coronavírus. Extremamente dependente do mercado interno, já que mais de 85% da nossa produção (de 908 milhões de pares em 2019) é comercializada no ambiente doméstico, sofremos por conta das restrições do varejo físico, especialmente em grandes centros comerciais, caso de São Paulo, que responde por mais de 40% do total de calçados comercializados. Dados do IBGE apontam que, de janeiro a julho, das vendas do setor no varejo doméstico caíram mais de 37% no comparativo com igual período do ano passado. O revés teve impacto direto na produção da atividade (-36,7% no mesmo período) e, consequentemente, no emprego. Conforme o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), perdemos mais de 43 mil postos de trabalho entre janeiro e julho, quase 16% da nossa força total de trabalho (270 mil ao final do ano passado).
Não é novidade que o setor calçadista, assim como tantos outros, foi fortemente afetado pela pandemia do novo coronavírus. Extremamente dependente do mercado interno, já que mais de 85% da nossa produção (de 908 milhões de pares em 2019) é comercializada no ambiente doméstico, sofremos por conta das restrições do varejo físico, especialmente em grandes centros comerciais, caso de São Paulo, que responde por mais de 40% do total de calçados comercializados. Dados do IBGE apontam que, de janeiro a julho, das vendas do setor no varejo doméstico caíram mais de 37% no comparativo com igual período do ano passado. O revés teve impacto direto na produção da atividade (-36,7% no mesmo período) e, consequentemente, no emprego. Conforme o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), perdemos mais de 43 mil postos de trabalho entre janeiro e julho, quase 16% da nossa força total de trabalho (270 mil ao final do ano passado).
As exportações de calçados, em função das restrições do comércio nos outros países e da concorrência voraz dos calçadistas chineses - que se recuperaram antes dos demais mercados -, caíram mais de 25% (em volume) entre janeiro e agosto no comparativo com igual ínterim do ano passado.
Por outro lado, este ano difícil - como todos os anos difíceis da nossa história - também tem sido a oportunidade de reinvenção do setor calçadista. Antes da pandemia do coronavírus impactar as nossas vidas de uma forma brutal já existia um processo de digitalização do mercado, que agora foi potencializado.
Neste período de restrições, muitos brasileiros descobriram o comércio eletrônico, as lives, as rodadas de negócios virtuais e o home office. Diante deste contexto, do chamado "novo normal", a Abicalçados e parceiros passaram a trabalhar em plataformas de negócios digitais, caso da Calçados do Brasil, que conecta calçadistas e lojistas brasileiros em um ambiente totalmente virtual e seguro; a Brasil Fashion Now e a Brazilian Footwear.com, que fazem o mesmo com milhares de compradores internacionais.
Neste período, ganharam força também as feiras digitais, caso da Micam Milano (Itália) e America's (Estados Unidos), a Children's Club (Estados Unidos) e a Sourcing (Estados Unidos), que estão ocorrendo entre os meses de setembro e dezembro e tão logo terminarem terão seus resultados divulgados.
Como bem coloca o ditado popular, "mares calmos não fazem bons marinheiros". Tenho a convicção de que sairemos desta crise marinheiros muito melhores e preparados para enfrentar os mares mais turbulentos deste novo mundo.
Presidente-executivo da Abicalçados
 
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