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Opinião

- Publicada em 09 de Setembro de 2020 às 14:07

Bumerangue escolar

A convicção é o que menos se viu nesses tempos estranhos de coronavírus. Houve uma verdadeira enxurrada de decisões governamentais precipitadas, amparadas por inúmeros decretos, tudo sob a bênção do Poder Judiciário. Não houve qualquer planejamento governamental abrangente e eficaz a médio ou longo prazo, amparado em estudos científicos. Em razão disso, direitos fundamentais foram violados à luz do dia, pessoas tornaram-se insolventes, empresas quebraram e muita gente morreu. No nosso Estado não foi diferente. E o que é pior: a pandemia sequer havia aqui chegado.
A convicção é o que menos se viu nesses tempos estranhos de coronavírus. Houve uma verdadeira enxurrada de decisões governamentais precipitadas, amparadas por inúmeros decretos, tudo sob a bênção do Poder Judiciário. Não houve qualquer planejamento governamental abrangente e eficaz a médio ou longo prazo, amparado em estudos científicos. Em razão disso, direitos fundamentais foram violados à luz do dia, pessoas tornaram-se insolventes, empresas quebraram e muita gente morreu. No nosso Estado não foi diferente. E o que é pior: a pandemia sequer havia aqui chegado.
Com a incerteza e o pânico que se instalaram na população, pessoas passaram a se automedicar, e a medicina preventiva passou a se chamar tratamento precoce. Pois não é que agora, quando estamos no olho do furacão, com UTIs atingindo percentuais altíssimos de ocupação, o tema volta às aulas passou a ser prioridade do governo estadual?! Voltar às aulas nesta fase alta da pandemia, com todo o respeito, é uma temeridade. Países como os EUA e Israel decidiram pela volta às aulas e logo retrocederam em razão do aumento de casos de contaminação. Ora, mesmo com todos os cuidados, parece inevitável que as crianças irão se contaminar e contaminar professores, funcionários e familiares.
Não serão o álcool em gel, máscaras e linhas de distanciamento que irão deter os alunos. E pensar que o Estado já teve um dos melhores provedores de Internet à disposição dos gaúchos – o velho e bom VIA-RS. Tivesse aquela época o governador pensado em construir uma rede estadual de internet para a educação básica, fundamental e média, disponibilizando antenas coletivas de internet nas comunidades, hoje a história seria bem diferente. Mas preferiu extinguir o VIA-RS. Torço para que as escolas particulares não caiam nesse canto da sereia de volta às aulas. Afinal de contas, escolas com mais de 100 anos de ensino presencial se prepararam, investiram, adquiriram equipamentos, plataformas, treinaram professores, estão ministrando normalmente aulas síncronas e assíncronas, tudo para se adaptarem ao novo normal.
Seguir a manada agora seria um erro estratégico imperdoável. Não haverá prejuízo algum para os estudantes em terminar o ano letivo na modalidade EAD como estão estudando atualmente, de forma segura, até que chegue a esperada vacina. Caso contrário, bem-vindos ao bumerangue escolar.
Advogado
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