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Opinião

- Publicada em 31 de Agosto de 2020 às 15:33

Uma dose de otimismo

Em 2013 resolvi largar o excelente emprego que tinha no mercado financeiro para começar minha própria empresa. Tinha trabalhado 80 horas ou mais por semana durante os quatro últimos anos da minha vida e guardado uma reserva interessante. Comprei o carro do ano, pedi as contas e fui empreender. Seria fácil, afinal de contas, sempre me considerei melhor que os outros. Escolhi por paixão: café. Se amasse o que fizesse, não só iria ganhar dinheiro, como também me divertiria no dia a dia. E estava certo. Ganhei muito... aprendizado.
Em 2013 resolvi largar o excelente emprego que tinha no mercado financeiro para começar minha própria empresa. Tinha trabalhado 80 horas ou mais por semana durante os quatro últimos anos da minha vida e guardado uma reserva interessante. Comprei o carro do ano, pedi as contas e fui empreender. Seria fácil, afinal de contas, sempre me considerei melhor que os outros. Escolhi por paixão: café. Se amasse o que fizesse, não só iria ganhar dinheiro, como também me divertiria no dia a dia. E estava certo. Ganhei muito... aprendizado.
A empresa foi consistente: gerou prejuízo todos os meses, durante 36 meses. Roubaram meu carro. No caos do segundo mandato Dilma, a economia brasileira viveu a maior recessão (até então) de sua história.
Mas não falhei por causa dos problemas do Brasil. Minha inexperiência fez com que tivesse liderado a empresa no caminho errado. A realidade se recusava a obedecer ao brilhante plano de negócios que tinha traçado. Refleti sobre meus muitos erros e poucos acertos. Raspei o que tinha sobrado no banco e mudei tudo. Principalmente, mudei a mim mesmo.
De 2016 a 2019, a “versão 2.0” da empresa gerou lucro em todos os meses, durante 36 meses. Compramos maquinário novo e passamos a torrar nosso próprio café. Mantendo preços, conseguimos entregar mais qualidade e frescor para os clientes, ao mesmo tempo aumentando nossa margem.
Resolvemos expandir. De uma loja, passamos para três. O momento de glória tinha chegado! Na virada do ano, beijei minha esposa e proclamei que 2020 seria nosso ano. Afinal de contas, o que poderia dar errado? Se você me acompanhou até aqui, deve estar se perguntando: mas o que o título deste artigo tem a ver com essa história?!
Como diz o ditado: pessimistas enxergam problemas em todas as oportunidades e otimistas enxergam oportunidades em todos os problemas. E aí está o segredo: o otimismo está dentro, não fora! Está em quem enxerga, e não no que é enxergado. Está na ação humana. Na capacidade quase divina que temos de criar ordem a partir do caos. E na humildade de entender que o caos sempre existirá.
Nos últimos meses, nossa liberdade de ação foi interrompida e o caos se proliferou. As distorções pulsam em todos os setores da economia e em todos os aspectos da nossa vida de seres criativos e sociais.
Mas o caos não irá embora sozinho. Depende da ação de todos e cada um de nós. De arregaçar as mangas e agir. Bora ser otimista?
Empreendedor e associado do IEE
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