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Opinião

- Publicada em 13 de Agosto de 2020 às 03:00

O desafio de reequilibrar as contas públicas

Com os gastos por conta da pandemia da Covid-19 extrapolando os limites orçamentários, como não poderia deixar de acontecer pela defesa da saúde e de assistência às camadas mais pobres, a preocupação desde agora é como reequilibrar as contas públicas. As promessas de campanha do presidente Jair Bolsonaro incluíam muito daquilo que a opinião nacional e a maioria dos analistas econômicos queriam, uma enxugada nos gastos da máquina pública, desonerando o Tesouro e permitindo focar nos investimentos, com inclusão social, algo postergado no Brasil governo após governo, com as conhecidas exceções em programas assistenciais e de moradias populares.
Com os gastos por conta da pandemia da Covid-19 extrapolando os limites orçamentários, como não poderia deixar de acontecer pela defesa da saúde e de assistência às camadas mais pobres, a preocupação desde agora é como reequilibrar as contas públicas. As promessas de campanha do presidente Jair Bolsonaro incluíam muito daquilo que a opinião nacional e a maioria dos analistas econômicos queriam, uma enxugada nos gastos da máquina pública, desonerando o Tesouro e permitindo focar nos investimentos, com inclusão social, algo postergado no Brasil governo após governo, com as conhecidas exceções em programas assistenciais e de moradias populares.
O ministro Paulo Guedes, da Economia, foi apontado como o sustentáculo das reformas, mas que foram adiadas por conta da pandemia da Covid-19. Ele ainda repete que as privatizações serão concretizadas, a reforma administrativa sairá e o Brasil, com isso, surpreenderá o mundo.
A meta era privatizar R$ 1 trilhão e vender imóveis que também chegavam a R$ 1 trilhão. No entanto e bem antes do fim da Covid-19, e sem surpreender o exterior, quem está sendo pego de surpresa pela debandada na sua equipe, termo do ministro, é ele mesmo, com as demissões no Ministério da Economia.
Os secretários especiais de Desestatização e Privatização, Salim Mattar, e o de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Paulo Uebel, pediram demissão. A saída de Salim Mattar da equipe econômica é um baque para Paulo Guedes. Não exatamente pelo que Mattar realizou nestes 20 meses de governo, pois as privatizações não só foram escassas como andaram muito lentamente, quando e se formalizadas.
Salim Mattar, empresário de renome, constituía-se num símbolo para Guedes. A saída dele foi por absoluto desencanto, uma vez que não conseguiu botar em prática nada que imaginava. Seja porque não dobrou a paquidérmica máquina burocrática do governo, ou porque a equipe econômica não conseguiu vergar o Congresso, historicamente quase um intransponível muro antiprivatização. Quanto a Paulo Uebel, deixou o cargo pela falta de andamento da reforma administrativa, cuja proposta ficou para 2021.
Mesmo com um bom desconto pela necessidade de focar nos problemas por conta da pandemia e as péssimas repercussões à saúde e, em decorrência, à economia, os programas governamentais para diminuir o peso da burocracia e dos gastos federais têm que continuar meta deste governo. Algo tem que mudar.
 
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