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Opinião

- Publicada em 04 de Agosto de 2020 às 03:00

O comércio não é o vilão da pandemia

Já estamos entrando no quinto mês de incertezas e inseguranças de uma pandemia, agravada por uma série de medidas ineficazes da prefeitura que, ao invés de ter concentrado os esforços em combater a aglomeração de pessoas nos locais públicos e promover a conscientização desde o início, elegeu apenas o comércio como o foco do problema. Resultado? Um abre e fecha que tem gerado um alto índice de demissões e um esforço redobrado do Sindicato dos Empregados no Comércio de Porto Alegre (Sindec-POA) para garantir os postos de trabalho através de acordos com a classe patronal. Além disso, os trabalhadores dos estabelecimentos considerados serviços essenciais e que hoje ainda operam em Porto Alegre, estão cada vez mais expostos ao risco de contaminação, uma vez que, desacreditada da gravidade da situação, a população não segue à risca o distanciamento social. No último domingo, os empresários já se mobilizaram pedindo ao prefeito o retorno das atividades e, na iminência da reabertura total do comércio, apesar de, novamente, o Sindec, representante legítimo dos trabalhadores, não ter sido incluído nos debates, não podemos ficar calados.
Já estamos entrando no quinto mês de incertezas e inseguranças de uma pandemia, agravada por uma série de medidas ineficazes da prefeitura que, ao invés de ter concentrado os esforços em combater a aglomeração de pessoas nos locais públicos e promover a conscientização desde o início, elegeu apenas o comércio como o foco do problema. Resultado? Um abre e fecha que tem gerado um alto índice de demissões e um esforço redobrado do Sindicato dos Empregados no Comércio de Porto Alegre (Sindec-POA) para garantir os postos de trabalho através de acordos com a classe patronal. Além disso, os trabalhadores dos estabelecimentos considerados serviços essenciais e que hoje ainda operam em Porto Alegre, estão cada vez mais expostos ao risco de contaminação, uma vez que, desacreditada da gravidade da situação, a população não segue à risca o distanciamento social. No último domingo, os empresários já se mobilizaram pedindo ao prefeito o retorno das atividades e, na iminência da reabertura total do comércio, apesar de, novamente, o Sindec, representante legítimo dos trabalhadores, não ter sido incluído nos debates, não podemos ficar calados.
Nos últimos meses, nosso setor de fiscalização de Segurança e Medicina tem trabalhado muito averiguando diversas denúncias de empresas que não cumprem os procedimentos de saúde e segurança. Semana passada, por exemplo, o alvo da fiscalização foi uma rede de supermercados na Zona Norte, com vários trabalhadores afastados com coronavírus e diversas falhas no cumprimento dos protocolos de segurança.
Diante desses fatos, nos perguntamos: é nesse cenário que as atividades devem retornar? Sabemos o impacto financeiro que a pandemia está causando, contudo, não podemos esquecer que, cada vez que o comércio abrir e não haver os devidos cuidados, mais pessoas serão contaminadas, mais leitos de UTI serão ocupados e entramos mais uma vez num loop que parece ser infinito. Se realmente o prefeito ceder à classe patronal e decidir pela reabertura total do comércio, o sindicato exige que sejam fornecidos testes rápidos aos trabalhadores, garantindo a sua proteção e das suas famílias, além de que as empresas sigam todos os protocolos de segurança e uma intensa fiscalização da Prefeitura, sem vistas grossas, para que cumpram com todos os procedimentos. Nós continuaremos fazendo a nossa parte, zelando pela saúde e pelos empregos da categoria comerciária, e esperamos que o poder público também faça o que lhe cabe, para que o quanto antes possamos superar essa fase.
Presidente do Sindec-POA
 
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