Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 08 de Julho de 2020 às 03:00

Acordo comercial entre Mercosul e UE segue sem definição

Líderes do bloco comercial sul-americano realizaram cúpula virtual, onde o assunto principal, deixando até um pouco de lado a pandemia da Covid-19, foi o acordo entre o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a União Europeia (UE).
Líderes do bloco comercial sul-americano realizaram cúpula virtual, onde o assunto principal, deixando até um pouco de lado a pandemia da Covid-19, foi o acordo entre o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a União Europeia (UE).
A conclusão do acordo de livre comércio com a UE, que exigiu duas décadas de negociação e teve pauta acertada no ano passado, ainda não saiu. Para o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, o arcabouço legal do documento está concluído, graças à cooperação e flexibilidade para se superar as diferenças entre os países do Mercosul.
O maior empecilho atualmente à assinatura tem sido o presidente da França, Emmanuel Macron, escudando-se no fato de que o Acordo de Paris tem que ser respeitado e o Brasil não cuida da Amazônia, cujas queimadas bateram recorde no mês de junho. Macron tem reprisado que é preciso diminuir as emissões de gases de efeito estufa e, em consequência, concordava que a França não deveria assinar nenhum acordo com países que não cumprem o Acordo de Paris contra a mudança climática.
No ano passado, Macron disse que não assinaria nenhum acordo comercial com o Brasil se o presidente Jair Bolsonaro retirasse seu país do Pacto de Paris, ameaçando uma reviravolta nas tratativas entre UE e Mercosul. O presidente Jair Bolsonaro recuou, mas ambientalistas da Europa pressionaram pela rejeição do acordo comercial mesmo assim, citando a incapacidade do governo brasileiro em deter o desmatamento da Amazônia.
Também a eleição do presidente peronista Alberto Fernández na Argentina criou dúvidas sobre o acordo da UE com o Mercosul, o quarto maior bloco comercial do mundo. Fernández disse que quer renegociar partes do acordo proposto.
No entanto, o chanceler argentino, Felipe Solá, disse que seu país não obstruiria o avanço do acordo com a UE, embora este dê aos seus agricultores menos acesso aos mercados do que a Rodada Uruguaia de 1993.
Enquanto há diversas declarações, há 20 anos esse acordo Mercosul/União Europeia é debatido, analisado e, por certo, os agropecuaristas do Velho Mundo têm precauções, pois sabem que os países integrantes do bloco, Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, têm boas condições de lhes fazer frente com os produtos agropecuários da região.
Em meio da pandemia da Covid-19, aí mesmo é que as negociações não avançarão neste ano, segundo analistas do mercado internacional.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO