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Opinião

- Publicada em 02 de Julho de 2020 às 03:00

A importância do polo naval de Rio Grande para o Estado

Com o fim de encomendas por conta de preços mais favoráveis dos navios-sonda da China, além de denúncias apuradas pela Operação Lava Jato, houve mudanças na Petrobras. Evidentemente, coibir desvios é algo positivo. Mas, ao fim, a nova orientação da estatal, com compras do exterior, afetou a indústria nacional - polo naval de Rio Grande incluído.
Com o fim de encomendas por conta de preços mais favoráveis dos navios-sonda da China, além de denúncias apuradas pela Operação Lava Jato, houve mudanças na Petrobras. Evidentemente, coibir desvios é algo positivo. Mas, ao fim, a nova orientação da estatal, com compras do exterior, afetou a indústria nacional - polo naval de Rio Grande incluído.
Os estaleiros no município da Metade Sul do Estado dispensaram milhares de trabalhadores e colocaram a cidade marítima em uma situação socioeconômica difícil.
Nos últimos meses, diversas tentativas para reativar as encomendas foram feitas. Pois agora o estaleiro Ecovix analisa o mercado em busca de novos pedidos para alavancar o setor, além do foco anterior da organização, que era justamente o das plataformas de petróleo.
A oportunidade chegou com a possibilidade de construção de navio antártico, encomenda da Marinha do Brasil. Dependerá de parceria com o grupo do Chile, Asmar. No edital de chamamento dos interessados, a Marinha brasileira exigiu que o concorrente já tenha fabricado embarcação com as características solicitadas, ou seja, podendo suportar as severas condições adversas da Antártica, onde está a Estação Comandante Ferraz. Aí entra a importância da associação com a Asmar, que detém o conhecimento necessário pedido pela Marinha do Brasil.
A Estação Antártica Comandante Ferraz foi reinaugurada em 2020, oito anos após o incêndio que a quase destruiu e matou dois marinheiros integrantes do grupo. Lá estão os profissionais do Programa Antártico Brasileiro (Proantar), que atua há mais de 30 anos.
Para se ter ideia do gigantismo do estaleiro da Ecovix, atualmente são 200 funcionários fazendo tão somente a manutenção e preservação dos equipamentos. A retomada da fabricação de navios em Rio Grande é uma ação estratégica para o Estado. Dará um novo fôlego não apenas à cidade, mas também à economia da região e, em consequência, do Rio Grande do Sul. Buscando recursos à manutenção operacional da estrutura, a Ecovix tem realizado operações de carga com madeira, celulose e aço, dentre outros itens.
Agora, o que se espera é a confirmação da encomenda à dupla Ecovix/Asmar, pois será um ótimo alento para o Estado. A estrutura dos estaleiros rio-grandinos está capacitada a produzir muitos tipos de embarcações, mas está ociosa há um bom tempo, infelizmente. A expectativa é grande, tanto no município como no Estado. A retomada do polo é uma causa que deve unir o Rio Grande do Sul.
 
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