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Opinião

- Publicada em 23 de Junho de 2020 às 03:00

Decisões arbitrárias e erradas

Desde meados de março, vivemos a pandemia do coronavírus. De forma acertada, a ênfase tem sido dada à preservação das vidas. Aprendemos a lavar as mãos várias vezes ao dia, a evitar apertos de mãos, beijos e abraços, a usar máscara como um elemento obrigatório do vestuário e a necessidade de manter distância uns dos outros. O distanciamento social diz respeito a isso: a manter um espaço seguro para evitar a contaminação.
Desde meados de março, vivemos a pandemia do coronavírus. De forma acertada, a ênfase tem sido dada à preservação das vidas. Aprendemos a lavar as mãos várias vezes ao dia, a evitar apertos de mãos, beijos e abraços, a usar máscara como um elemento obrigatório do vestuário e a necessidade de manter distância uns dos outros. O distanciamento social diz respeito a isso: a manter um espaço seguro para evitar a contaminação.
Mas será que é preciso fechar o comércio para atingir tal objetivo? O raciocínio é simples e raso: o comércio atrai muitas pessoas, logo, se as lojas estiverem fechadas, há menos incentivo para as pessoas saírem de casa. Mas isso é razoável? Não sabemos, pois não conhecemos como as pessoas doentes se contaminaram. Não sabemos seus hábitos, nem por onde circularam e nem como se comportaram. E enquanto não soubermos, as autoridades vão tomando decisões que impactam na vida de milhares de pessoas e muitas delas, apesar do alto custo social e econômico, não fazem o menor sentido. O distanciamento social está relacionado unicamente à ocupação de espaços por pessoas, independentemente de quem os ocupe, clientes ou funcionários. Ao restringir o horário de funcionamento, as autoridades provocam um movimento em sentido oposto ao que seria o aconselhado, aglomeram ao invés de dispersar.
E o que dizer a respeito das medidas que envolvem o faturamento das empresas? Ao fazer isto, acabam por punir os negócios maiores com o colapso das receitas, ignorando a importância dos mesmos para a geração de empregos e para a arrecadação de tributos, bem como sua grande capacidade de aplicação de protocolos. Há ainda regramentos que focam no enquadramento tributário para determinar a abertura ou fechamento das empresas, o que acaba, assim, tratando iguais como diferentes. 
Empresas grandes e pequenas se deparam com dificuldades semelhantes quando têm seu faturamento colapsado. A economia gaúcha já destruiu quase 90 mil empregos formais apenas em março e abril, e novas demissões virão. Problema ainda maior é que muitas empresas vão deixar de existir. E lembremos todos: são empresas que empregam pessoas. O coronavírus vai conviver entre nós ainda por muito tempo, então, nós precisamos aprender a conviver com o vírus. Educar as pessoas sempre foi e sempre será um mecanismo eficiente de preservar vidas e promover crescimento econômico, agora não é diferente.
Presidente da Fecomércio-RS
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