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Opinião

- Publicada em 22 de Junho de 2020 às 03:00

Socorro às empresas gaúchas

Tiago Simon
Atravessamos um dos momentos mais graves face às restrições impostas pelo Estado às atividades econômicas. Pesquisa realizada pelo Sebrae com MPEs revela o drama vivido pelos empreendedores do Rio Grande do Sul. Três em cada quatro empresários foram afetados negativamente pelas medidas de isolamento no Estado.
Atravessamos um dos momentos mais graves face às restrições impostas pelo Estado às atividades econômicas. Pesquisa realizada pelo Sebrae com MPEs revela o drama vivido pelos empreendedores do Rio Grande do Sul. Três em cada quatro empresários foram afetados negativamente pelas medidas de isolamento no Estado.
No início da crise, metade fechou seus estabelecimentos. Em junho, apesar da flexibilização das medidas, o percentual se mantém elevado, em 30%. Esse cenário demanda ações imediatas do poder público, tendo em vista que, em um universo de 1,2 milhão de MPEs no Rio Grande do Sul - incluindo os MEIs -, 350 mil pequenos negócios estão ameaçados de fechar. Estamos na iminência de perder 1,4 milhão de postos de trabalho.
Falta de capital de giro é o maior problema para 64% dos entrevistados pelo Sebrae, que tem buscado canais para que o crédito chegue na ponta. Porém, isso não tem acontecido.
Minha preocupação é com os impactos desta grave crise à sociedade gaúcha. Um profundo aumento no desemprego poderá desencadear severas consequências sociais, visto que as MPEs têm um papel que vai além do gerar remunerações. Elas estimulam o crescimento econômico, garantem dignidade das famílias gaúchas por meio do emprego e fomentam a capacitação dos trabalhadores.
Além do efeito multiplicador de renda, as MPEs são fundamentais para reconduzirem o RS a um ciclo econômico virtuoso, promovendo ganhos de produtividade e reduzindo a concentração de mercado.
Ações de governo e dos bancos públicos para socorro aos MPEs gaúchos são urgentes. Defendo a criação de fundos garantidores para viabilizar o acesso ao crédito às MPEs e programas de microcrédito para quem não têm acesso ao sistema bancarizado, a exemplo de Santa Catarina e São Paulo. Tais programas poderiam beneficiar milhares de empreendedores formais ou informais e preservar a renda das famílias gaúchas.
Somente em abril, o RS perdeu cerca de 75 mil empregos formais, fora os postos de trabalho informais, uma calamidade econômica que poderia ser mitigada.
É preciso financiar os empreendedores do nosso Estado. Eles não são apenas os que mais precisam, mas são os que mais empregam e contribuem para o desenvolvimento e a dignidade dos gaúchos.
É hora de apoiar o empreendedorismo gaúcho. É hora de os bancos públicos justificarem a razão de sua existência.
Deputado estadual (MDB)
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