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Opinião

- Publicada em 16 de Junho de 2020 às 03:00

Nós avisamos

Se esse fosse um livro no qual contássemos todas as mudanças que aconteceram nos últimos três meses e que marcarão para sempre a história da humanidade recente, esse capítulo poderia se chamar "Nós avisamos". Sim, o Sindec-POA sempre se posicionou prezando pela vida ante a economia; deixando claro que considerava a retomada das atividades uma atitude precipitada, indo na contramão de ações eficazes no combate à pandemia da Covid-19. Quando decretada a quarentena, a situação estava sob controle. Após a flexibilização das medidas restritivas, a prefeitura, irresponsavelmente, passou um recado equivocado para a população: o de que estava tudo bem. A vida dos porto-alegrenses voltou ao normal. O trânsito engarrafou novamente, os shoppings lotaram, os parques se encheram de vida nos fins de semana, e o chimarrão voltou a ser compartilhado na beira do Guaíba. O problema é que não está tudo bem.
Se esse fosse um livro no qual contássemos todas as mudanças que aconteceram nos últimos três meses e que marcarão para sempre a história da humanidade recente, esse capítulo poderia se chamar "Nós avisamos". Sim, o Sindec-POA sempre se posicionou prezando pela vida ante a economia; deixando claro que considerava a retomada das atividades uma atitude precipitada, indo na contramão de ações eficazes no combate à pandemia da Covid-19. Quando decretada a quarentena, a situação estava sob controle. Após a flexibilização das medidas restritivas, a prefeitura, irresponsavelmente, passou um recado equivocado para a população: o de que estava tudo bem. A vida dos porto-alegrenses voltou ao normal. O trânsito engarrafou novamente, os shoppings lotaram, os parques se encheram de vida nos fins de semana, e o chimarrão voltou a ser compartilhado na beira do Guaíba. O problema é que não está tudo bem.
O Brasil já ultrapassa 42 mil mortos vítimas da Covid-19. Aqui, os casos aumentam diariamente, assim como a utilização das vagas em leitos de UTI. O sindicato continua recebendo denúncias dos setores em funcionamento que não respeitam as medidas de proteção, colocando a vida dos trabalhadores e clientes em risco, tornando-se vetores de contaminação.
A prefeitura teve a chance de escrever uma história diferente desta, mas cedeu à pressão econômica em detrimento da saúde. A restrição, que não deveria ter sido liberada, agora, se apresenta como a única esperança de um governo que passa a dividir a população: de um lado, os que respeitam o isolamento e as medidas de segurança mesmo tendo que se expor para trabalhar; e, do outro, os que se apoiaram nas medidas precipitadas e, desde então, seguem a vida normalmente, achando que são imunes ao vírus.
Avaliamos de extrema necessidade que a prefeitura realize teste em todos os trabalhadores dos setores envolvidos para garantir a sua saúde e de seus familiares, bem como da população. Também exigimos que o retorno total das atividades seja liberado, não somente quando houver desocupação nos leitos de UTI, mas também quando houver clara diminuição na curva de contaminação.
Que esse apelo seja, de fato, levado em consideração pela prefeitura que, deverá ser responsabilizada pelas atitudes que expõem a população ao risco, para que, felizmente, num futuro bem próximo, não seja o Sindec-POA a proferir novamente a frase "nós avisamos".
Presidente do Sindec-POA
 
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