Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 12 de Junho de 2020 às 03:00

Marolas e gripezinhas não me representam

Ainda em fevereiro, vida que seguia, a economia por Guedes mostrava coerência e seguia os rumos possíveis. O País girava, veio a pandemia e a gripezinha transformou-se em pesadelo. Um pesadelo anunciado de véspera, o que me fez lembrar de outra infeliz citação, a da tal marola que devastou a economia mundial a partir de 2008. Onde foi parar a prática do silêncio vale ouro?
Ainda em fevereiro, vida que seguia, a economia por Guedes mostrava coerência e seguia os rumos possíveis. O País girava, veio a pandemia e a gripezinha transformou-se em pesadelo. Um pesadelo anunciado de véspera, o que me fez lembrar de outra infeliz citação, a da tal marola que devastou a economia mundial a partir de 2008. Onde foi parar a prática do silêncio vale ouro?
Arrancamos com algum atraso na lida com o vírus, mas o então ministro da Saúde administrando a pandemia por critérios técnico-científicos, foi tocando em boa ordem o assunto. Mas a certa altura, divergindo da gestão e incomodado pelo "protagonismo" do ministro, o presidente o demite. O que acontece a seguir é uma verdadeira sucessão de erros estratégicos jogando o Ministério da Saúde às calendas. Agrava-se a crise política. Revela-se, aí, mais uma particularidade da exótica terra brasilis, pois, enquanto países de todo o mundo parecem ter momentaneamente pausado questões políticas mais ácidas, aqui, o presidente perde o foco e despreza a gravidade da pandemia.
Recordo que nossas alcunhas de país do futuro e povo exótico até que possuíam certo charme, mas a mensagem que transmitimos hoje é de um país com liderança desfocada e atrapalhada, com manipulação de dados de saúde de gravíssima repercussão, causando espanto aqui e na comunidade internacional e nos levando ao isolamento. Isso na área da saúde. Mas o modus operandi se alastra a quase todas as outras áreas. Assim, entram os anos, elegem-se a dita esquerda, a direita, algo chamado centro e o cenário depois de algum tempo não mostra evolução! Ou os governos têm problemas de corrupção atroz e recorrente, ou de descompasso com o cenário desejável para o futuro do País e do planeta, para onde, hoje, movimentam-se as nações lúcidas em políticas de compartilhamento, contra o racismo, contra intolerância de gêneros, a favor do ambiente etc. Mas aqui não conseguimos o equilíbrio.
Nossos ciclos virtuosos são curtos e os perversos, nem tanto, e assim seguimos, entre sobressaltos, com uma imensa massa de pobres e miseráveis que a pandemia escancarou ainda mais! São as nossas portas entreabertas, aquelas que nos aparecem a cada quatro anos e como nos filmes de suspense atravessamos, mesmo antevendo que o pior poderá estar do outro lado! Estamos sem ritmo! E o ritmo, como disse Platão, é a ordem no movimento!
Empresário, Gramado/RS
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO