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Opinião

- Publicada em 09 de Junho de 2020 às 03:00

Um ponto de mutação?

Gustavo Inácio de Moraes
No começo da década de 1980, 40 anos atrás, havia uma sensação de insegurança no mundo, com a possibilidade de uma guerra em larga escala e sucessivas crises de oferta ocasionadas pelo preço do petróleo. Essas sensações contaminaram a produção cultural e o cotidiano de uma geração inteira. Nesse contexto, reações como o fortalecimento do movimento ecologista e um processo de abertura política nos países comunistas culminando no fim da Guerra Fria, inverteram as perspectivas no final da década.
No começo da década de 1980, 40 anos atrás, havia uma sensação de insegurança no mundo, com a possibilidade de uma guerra em larga escala e sucessivas crises de oferta ocasionadas pelo preço do petróleo. Essas sensações contaminaram a produção cultural e o cotidiano de uma geração inteira. Nesse contexto, reações como o fortalecimento do movimento ecologista e um processo de abertura política nos países comunistas culminando no fim da Guerra Fria, inverteram as perspectivas no final da década.
É do começo dos anos 1980 também o livro "O ponto de mutação", de Fritjof Capra, onde o autor, um físico austríaco, constata que em diversas áreas o final do século XX demarcaria uma transição em várias áreas do conhecimento e em processos sociais relevantes. A crise deflagrada pela pandemia da Covid-19 empobrece o mundo momentaneamente, com empresas, rendas e empregos perdidos. Ademais, cria incertezas sobre as condições sanitárias que demorarão tempos para serem dissipadas. Logo, como firma Capra em seu livro: "Na medida em que o meio ambiente muda, o cérebro amolda-se em resposta a essas mudanças".
Ao grande, ou bem posicionado, a aposta será a da concentração de mercado e de produtos mais enxutos e adaptáveis. Ao pequeno, a estratégia de guerrilha será a ordem do dia: movimentações rápidas, adaptabilidade e o aproveitamento de oportunidades sabidamente passageiras, com produtos desenhados para a particularidade de cada um dos clientes. Ademais, novos setores se abrem na esteira da queda de outros setores, exigindo a repaginação das marcas e do posicionamento dos empreendedores. O grande será pequeno e o pequeno se tornará grande
Aqueles que entendem que soluções do século XX serão respostas adequadas para a crise da pandemia, em todas as atividades, no máximo poderão obter respostas de curto prazo e, muito provavelmente, apenas tornem mais complicados o médio e longo prazo. Certamente, o ponto de mutação apresenta-se e todos os movimentos que eram processuais tornaram-se abruptos.
Professor-adjunto da Pós-Graduação em Economia, Escola de Negócios/Pucrs
 
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