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Opinião

- Publicada em 04 de Junho de 2020 às 15:33

Coragem digital como legado

Pietro Labriola
O que experimentamos, com o distanciamento social para enfrentar a Covid-19, é a evolução de um modelo de trabalho que, provavelmente, chegaria apenas em alguns anos. Por quê? Porque não tínhamos “coragem digital”. O que aconteceu nos obrigou, da noite para o dia, a mudar a forma de trabalhar e de nos relacionar com colaboradores e clientes. E não era uma questão tecnológica, pois tudo está funcionando. Era um problema do nosso medo de dar esse passo.
O que experimentamos, com o distanciamento social para enfrentar a Covid-19, é a evolução de um modelo de trabalho que, provavelmente, chegaria apenas em alguns anos. Por quê? Porque não tínhamos “coragem digital”. O que aconteceu nos obrigou, da noite para o dia, a mudar a forma de trabalhar e de nos relacionar com colaboradores e clientes. E não era uma questão tecnológica, pois tudo está funcionando. Era um problema do nosso medo de dar esse passo.
A coragem digital será o maior legado da Covid-19 às empresas. Trata-se da capacidade de enfrentarmos os receios em fazer uso de ferramentas digitais que a tecnologia já oferece, mas que víamos como soluções menos eficazes. Essa crise trouxe a oportunidade de inovar rapidamente e garantir o atendimento aos clientes e a continuidade dos negócios.
Em situação normal, uma grande empresa que quisesse migrar milhares de funcionários para o sistema de home office, levaria de dois a três anos. Seriam meses para chegar ao consenso e à tomada de decisões, estabelecimento de planos e processos, testes e treinamentos. A urgência do distanciamento social reduziu esse tempo para até três dias, como ocorreu com os colaboradores de gestão de rede e de call center em nossa companhia.
Um possível mea-culpa para nós, executivos, é que devemos ter coragem para cobrar que nossos times sejam mais inovadores. Enquanto a inovação não vem debaixo para cima, tem que chegar de cima para baixo.
Muitas coisas já evoluíram de forma irreversível. A imersão na tecnologia já migrou funções e atividades operacionais num contexto mais digital e remotizado. O relacionamento presencial com os clientes certamente continuará e, no setor de telecom, será muito mais de consultoria, para propor ofertas e soluções com a melhor experiência de uso aos consumidores.
Com a adoção em massa do home office, o período pós-crise será marcado por uma consciência maior sobre a necessidade de equilibrar a vida privada e o trabalho. Qual é o valor do tempo no deslocamento até a empresa? Se for um gasto de uma hora e meia, trata-se de cerca de 10% das nossas vidas.
Para que esse novo ambiente de trabalho remoto opere em seu pleno potencial, o 5G será essencial. Se a tecnologia já estivesse em uso, teríamos soluções de telemedicina ou de ensino a distância. O 5G é um fator habilitante para o crescimento da economia e o desenvolvimento de novos modelos de negócios.
CEO da TIM Brasil
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