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Opinião

- Publicada em 18 de Maio de 2020 às 12:55

Dia Mundial de Combate à LGBTfobia

Pecado, crime e doença. Essas três palavras estiveram por muito tempo no cotidiano e na trajetória das pessoas LGBTs. Há exatos 30 anos, a Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou oficialmente que “a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio”. Foi a partir desta decisão tão importante que dia 17 de maio torna-se o “Dia de Combate à LGBTfobia”.
Pecado, crime e doença. Essas três palavras estiveram por muito tempo no cotidiano e na trajetória das pessoas LGBTs. Há exatos 30 anos, a Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou oficialmente que “a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio”. Foi a partir desta decisão tão importante que dia 17 de maio torna-se o “Dia de Combate à LGBTfobia”.
Infelizmente vivemos em uma era em que o ataque à liberdade, à cidadania e à dignidade da população LGBT são feitas todos os dias. Tanto pelo poder público alinhado À LGBTfobia institucionalizada, na qual o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, que deveria trabalhar com essa população, possui uma ministra que acredita em ‘cura gay’”, quanto nas ruas onde o Brasil ocupa tristemente o primeiro lugar no ranking dos países que mais matam LGBTs no mundo. A LGBTfobia está integrada no DNA da humanidade, e enquanto ignorarmos a dor daquelas pessoas que sofrem sobre sua opressão, nunca iremos escapar dessas origens.
A única salvação que a população LGBT possui é o direito à cidadania, ao respeito e à igualdade e tudo isso é negligenciado, o que significa que a promessa dos direitos igualitários nunca foi cumprida. Devido ao fracasso do nosso sistema político, a nossa Câmara Federal e o Senado em particular, pessoas LGBTs morrem no nosso país todos os dias. Fracasso este que permitia que pessoas LGBTs fossem impedidas de doar sangue, fossem impedidas de casar e construir seus lares. Alguns podem afirmar que a ditadura militar terminou, mas diga isso às travestis que são mantidas na vulnerabilidade e que ouvem todos os dias de uma parcela da sociedade que não possuem direito algum, pessoas como Dandara no Ceará e Matheusa no Rio de Janeiro que foram mortas com requintes de crueldade e que foram degradadas À subclasse da existência humana no nosso país. Felizmente, o Supremo Tribunal Federal (STF) tem tentado reparar algumas dessas desigualdades, bem como a criminalização da LGBTfobia equiparando-as ao crime de racismo, a doação de sangue por homossexuais, principalmente em um período delicado de pandemia mundial, permitindo que pessoas LGBTs também possam exercer a cidadania e a humanidade ao realizar uma doação de sangue.
Contudo, muito ainda precisa ser feito para que a população LGBT consiga alcançar à igualdade. É neste País que realmente queremos viver, onde o amor ao próximo e o direito de ser quem somos, de assumir a nossa identidade de gênero, são negligenciados? A OMS declarou em 1990 que a homossexualidade não é doença, já faz 30 anos, acreditem. Vamos finalmente garantir direitos iguais a todos os nossos cidadãos.
Secretário estadual do Movimento LGBT
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