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Opinião

- Publicada em 11 de Maio de 2020 às 03:00

Bilhões disponíveis para enfrentar a Covid-19

Nestes tempos de coronavírus, estabeleceu-se uma batalha imaginária: saúde ou economia? Essa separação, até irresponsável, não condiz com a realidade. Ideologizar um flagelo internacional é o pior caminho.
Nestes tempos de coronavírus, estabeleceu-se uma batalha imaginária: saúde ou economia? Essa separação, até irresponsável, não condiz com a realidade. Ideologizar um flagelo internacional é o pior caminho.
Com medo, nós nos forçamos a correr para um lado ou outro, como se fosse possível dividir um problema assim em dois campos. As soluções existem e podem ser acessadas pela União a qualquer momento.
No Brasil, fala-se muito no uso dos Fundos Eleitoral e Partidário para ações na contenção da doença. Também há quem proponha a concentração dos orçamentos públicos na área da saúde, além de cortes de salários dos servidores públicos, dos parlamentares, dos juízes, dos promotores; enfim, que o setor público corte na própria carne.
Naturalmente, sou favorável à queima de gorduras, inclusive da minha. Mas sejamos francos: por mais que se tire daqui e dali, precisamos de recursos extraordinários, em grande volume.
O Brasil conta com 281 fundos públicos. No final do ano passado, havia mais de R$ 220 bilhões parados somente nas contas dos fundos públicos infraconstitucionais.
Claro que há muitos interesses em jogo. A começar pelos bancos, que só têm a ganhar gerindo o rendimento desta soma bilionária. Quem já experimentou o cheque especial e a caderneta de poupança sabe a diferença entre o que sistema financeiro cobra de juros e o que ele paga pela remuneração das aplicações.
É verdade que todos temos de fazer sacrifícios. Comparados ao dinheiro dos fundos, já disponível, serão trocados.
É justo que o governo mantenha esta reserva esperando uma emergência? E quando será que estaremos sob emergência, quando chegarmos à situação da Itália, de Portugal, da Espanha?
A saúde vem em primeiro lugar, não há dúvida. Mas, com o isolamento social e mesmo o confinamento, devemos estar preparados para o colapso financeiro que já começa a dar sinais. Se esta não é hora de usar nossas economias, não sei qual será.
Deputado estadual (MDB)
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