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Opinião

- Publicada em 08 de Maio de 2020 às 03:00

E se o mundo for melhor após a pandemia?

Sebastião Melo
Durante este período de isolamento, estamos nos adaptando a uma nova realidade, em transformação. É fato que o mundo após a pandemia não será o mesmo, mas será que precisa ser pior como muitos propagam? Claro que não. Se temos algumas pessoas gerando conflito e desunião, temos tantos outros (a maioria) tomando atitudes humanas que estavam em desuso. Renato Russo uma vez disse que a "humanidade é desumana, mas ainda temos chance". Quero acreditar que a chance é agora, e podemos nos sair bem.
Durante este período de isolamento, estamos nos adaptando a uma nova realidade, em transformação. É fato que o mundo após a pandemia não será o mesmo, mas será que precisa ser pior como muitos propagam? Claro que não. Se temos algumas pessoas gerando conflito e desunião, temos tantos outros (a maioria) tomando atitudes humanas que estavam em desuso. Renato Russo uma vez disse que a "humanidade é desumana, mas ainda temos chance". Quero acreditar que a chance é agora, e podemos nos sair bem.
O historiador Yuval Harari e tantos outros "futurólogos" previam que as relações humanas mudariam nas próximas décadas. O que essa pandemia está fazendo é acelerar um processo que já estava em curso. Me desculpem os apocalípticos, mas eu acredito que sairemos dessa e entraremos num mundo melhor. Apesar de vermos uma proliferação do ódio nas redes sociais e mesmo no mundo, ao final, me junto àqueles que veem um futuro com uma humanidade mais colaborativa, solidária e, por que não dizer, humana.
E isso já começou. Os vizinhos passaram a se conhecer mais e ajudar uns aos outros. E vai continuar. Os hábitos de consumo certamente serão revistos, numa valorização mais do "ser" do que do "ter". Teremos novos modelos de negócios, com o aumento do e-commerce, e a reformulação dos espaços de comércio físicos (que, hoje, são incentivadores de aglomeração), com o empreendedorismo cada vez mais presente.
O trabalho remoto passa a ser uma realidade, e a tendência de morar perto da empresa irá acelerar muito para que as pessoas "ganhem tempo". Aliás, entretenimentos a distância (como as lives de shows) serão mais comuns, e o ensino não presencial, que já vinha ocorrendo, deve aumentar exponencialmente.
Isso tudo sem contar que as pessoas estão descobrindo novas formas de adquirir conhecimento, de casa, outra tendência que ganha força.
A historiadora Rebecca Spand observa que as revoluções reais são aquelas que ninguém vê chegando. Sem percebermos, estamos vivendo uma grande mudança.
Se o capitalismo mercantil, no século XIV, impulsionou o Renascentismo Europeu, substituindo dogmas religiosos pela visão humanista, a crise da Covid-19 está levando o mundo a um Renascentismo Digital, mudando drasticamente as relações econômicas, espirituais e culturais. O mundo não será o mesmo, mas quero acreditar que será melhor.
Deputado estadual (MDB)
 
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