Conhecer para investir: Fundos Imobiliários em época de pandemia

Neste período de isolamento social devido à pandemia do novo Coronavírus que balança drasticamente o mundo, a economia é um dos setores mais afetados. Entretanto, é preciso estar atento às oportunidades que surgem em meio a esta crise, mas principalmente é fundamental conhecer o mercado. Os Fundos Imobiliários, embora estejam sofrendo menos que as ações, também foram atingidos pela queda das cotas. Muitas delas enfrentaram uma desvalorização acima de 50% e muitos fundos estão valendo menos do que o valor de mercado dos imóveis que os compõe. O reflexo disso está no movimento onde se encontra todos os 108 fundos que representam 87% do Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários - Ifix, que recentemente estavam sendo negociados abaixo do seu valor patrimonial.

O ano de 2019 foi o melhor ano da história dos fundos imobiliários no País. Os investidores que não se sentiam à vontade para investimentos na Bolsa de Valores, encontraram um porto seguro nas cotas dos fundos de tijolo, que são fundos lastreados em um imóvel ou conjunto de imóveis, tendo eles diversas características, como: lajes corporativas, galpões logísticos, shoppings, hotéis, universidades e até mesmo hospitais.

Em fevereiro deste ano, por exemplo, foi alcançado o incrível número de 760 mil cotistas investidores. O rendimento dos fundos está atrelado ao valor de locação destes ativos imobiliários, portanto, como na maioria das vezes são contratos firmados com grandes companhias, possuindo baixo risco de inadimplência, o que preserva o rendimento para o cotista investidor. Os investidores que ingressaram no mercado de Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs) no último trimestre de 2019 adquiriram as cotas em seu valor máximo e, com a crise e a queda abrupta de seu valor, o pânico parece ter tomado conta até dos investidores mais experientes, fazendo com que os investidores que não conhecem o mercado profundamente corram para vender suas cotas, contabilizando suas perdas.

É preciso entender que este mercado exige pensamento de longo prazo, pois o foco deveria ser o de obter os rendimentos mensais que suas cotas proporcionam e que são isentos de imposto de renda. A venda no auge da crise é a pior opção. Por outro lado, quem conhece o mercado e se dedica a conhecer com profundidade os diferentes fundos e suas características saberá que o momento de aumentar sua participação é agora. A aquisição de cotas com valores baixos poderá proporcionar excelentes rendimentos - em termos de percentuais de retorno - mensais aos investidores, mesmo que momentaneamente estes rendimentos sejam afetados pela crise.