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Opinião

- Publicada em 17 de Abril de 2020 às 16:59

A (In)visibilidade dos idosos em tempos de Covid-19

Claudia Barbedo
Claudia Barbedo
A pandemia da Covid-19 trouxe de volta à pauta um dos assuntos mais delicados e importantes no Brasil e no mundo: a situação dos idosos. Em decorrência do isolamento social, estas pessoas, até então invisíveis à sociedade, passaram a ter visibilidade. Por estarem em situação de risco, a elas têm sido alcançadas, não só a proteção, bem como a inclusão familiar e comunitária. Mais: suas dignidades foram restabelecidas.
A ativação de todos os mecanismos de proteção dos nossos idosos é fundamental. Horários diferenciados de acesso aos locais que exercem atividades essenciais, por exemplo, ajudam nesta formatação de defesa. O controle da circulação deles pelas ruas da cidade, exercido de maneira afetiva e atenciosa, por crianças, adolescentes e adultos, acentua a preocupação de todos neste momento ímpar, no qual ficar em casa é o lema.
É preciso salientar a importância do convívio dos idosos com as demais gerações. Eles representam a expansão do universo familiar. Trazem à família contribuições valiosas de suas experiências de vida, em uma troca de afeto e informações com os mais jovens. A inclusão comunitária fez com que surgisse uma grande rede de cooperação, com exemplos de solidariedade em que adultos, que não necessariamente fazem parte da família deles, colocaram-se à disposição para realizar tarefas externas, buscando efetivar o sentido da expressão "fique em casa".
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2018, o Rio Grande do Sul é o estado mais envelhecido do Brasil. A pesquisa também mostra que o Estado é o primeiro colocado no território nacional a ter mais idosos do que crianças de 0 a 14 anos. A Lei nº 10.741/2003, em seu artigo 1º, mais conhecida como Estatuto do Idoso, elegeu a idade igual ou superior a 60 anos para designar pessoa idosa. Apesar de o Estatuto prever uma série de prerrogativas, sabemos que matéria não é fácil de ser tratada.
A velocidade e a dinâmica da pandemia, apesar de trazer o compartilhamento de angústias e medos mundiais, propiciou uma nova forma de enxergar os idosos. Tem-se, assim, que em tempos de Covid-19 floresce a visibilidade dos idosos, que passaram a ter mais afeto e mais cuidado, tanto na família, quanto na comunidade.
Advogada, especialista em Direito de Família e Sucessões
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