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Opinião

- Publicada em 13 de Abril de 2020 às 03:00

A participação popular é fundamental

A história da humanidade é repleta de crises na área da saúde, mas sempre conseguimos sobreviver a essas pandemias graças a um tripé: ciência, intervenção do Estado e participação das pessoas. 
A história da humanidade é repleta de crises na área da saúde, mas sempre conseguimos sobreviver a essas pandemias graças a um tripé: ciência, intervenção do Estado e participação das pessoas. 
Na pandemia de cólera, por volta de 1800, a ciência descobriu que a contaminação se dava pelos alimentos e pela água contaminada. Resultou numa política pública fundamental de tratamento do saneamento básico, que até hoje é seguido a risca. A gripe espanhola contaminou mais de 25% da população existente em 1918, matando mais de 50 milhões de pessoas. Foi combatida pela ciência e pelo isolamento das pessoas. Em 2020, vivemos com o coronavírus e a ciência segue nos orientando sobre a maneira correta de se combater o vírus.
Na quebra da bolsa, John Keynes disse que o Estado deve intervir para manter o equilíbrio do sistema. Seguindo esse caminho, os EUA saíram da crise muito rapidamente. Agora, os norte-americanos investem US$ 2 trilhões na área de saúde e na recuperação de empresas para abrigar pessoas e suplantar a atual crise. Fica muito claro o papel do Estado, não olhando somente para as empresas, mas, também, para as pessoas.
O governo federal sancionou uma renda básica emergencial de R$ 600,00 durante 3 meses para 30 milhões pessoas em vulnerabilidade, uma renda mínima defendida por Milton Friedman. Apesar da boa iniciativa, vejo dois problemas.
Primeiro, segundo o IPEA, mais de 50 milhões de pessoas estão em vulnerabilidade social, número muito maior do que o pretendido pelo governo. Segundo, sabemos que o coronavírus deverá ser combatido em três meses, mas a economia não se recupera neste intervalo de tempo.
Desta forma, se faz necessário ampliar o período do auxílio até o final deste ano, para que as pessoas tenham condição de sobrevivência e não morram de fome.
Fica claro o papel de cada um nessa história. A ciência indica o caminho. O Estado intervém para salvar as vidas e manter o equilíbrio do sistema. E as pessoas devem colaborar seguindo as orientações da ciência.
Se você tem uma crença, faça sua oração. Mas não coloque em xeque uma contraposição entre a ciência e a sua fé. Na verdade, é preciso que esta fé fundamente os ensinamentos da ciência. Assim, quem sabe, possamos brevemente ter uma vida melhor. 
Ex-prefeito de Porto Alegre (PTB)
 
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