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Opinião

- Publicada em 21 de Fevereiro de 2020 às 16:26

Parasita, quem?

Léo Ustárroz
A enciclopédia livre, Wikipédia, diz que "Parasitas ou parasitos são organismos que vivem em associação com outros dos quais retiram os meios para a sua sobrevivência, normalmente prejudicando o organismo hospedeiro, um processo conhecido por parasitismo".
A enciclopédia livre, Wikipédia, diz que "Parasitas ou parasitos são organismos que vivem em associação com outros dos quais retiram os meios para a sua sobrevivência, normalmente prejudicando o organismo hospedeiro, um processo conhecido por parasitismo".
Antes de centrar a conversa nos humanos, trago o significado de “simbiose”, também da Wikipédia: “associação a longo prazo entre dois organismos de espécies diferentes, seja essa relação benéfica para ambos os indivíduos envolvidos ou não”.
Se o filme sul-coreano Parasita apenas tivesse ganho o Oscar, provavelmente eu não teria assistido, mas também foi vencedor em Cannes. Independentemente dessas conquistas, foi o artigo do economista Samuel Pessoa, neste Jornal do Comércio, edição de 18/02/2020, que me levou ao cinema.
Sob o título “'Parasita' mostra a falta de lugar para perdedores numa sociedade igualitária”, Samuel faz uma abordagem com ênfase econômica, sobre a importância do Estado de bem-estar, que equalize os resultados, e não apenas promova a igualdade de oportunidades.
Embora só isso já possa ser suficiente para nos desacomodar, o contraste entre as duas famílias do filme me empurrou a refletir sobre a sociedade que construímos e o mundo em que habitamos. Mundo este em que o patrimônio das mil pessoas mais ricas supera o patrimônio dos quatro bilhões mais pobres, e em que 20% da população vive com menos de um dólar/dia.
Se o velho Hobbes tivesse visto o filme, com certeza teria dito que “o homem é o parasita do homem”.
A dúvida que se instalou em mim é sobre quem é o parasita e quem é o hospedeiro. O mais provável é que as famílias ricas não vivam sem as pobres, e vice-versa. Nesse caso, seria uma situação de “simbiose”, do tipo perde-perde, em que a relação não é benéfica para ninguém.
Tomara que esses conceitos e essas divagações não tenham a menor importância no mundo real.
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