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Opinião

- Publicada em 05 de Fevereiro de 2020 às 03:00

Pedágio urbano como solução para congestionamentos

O pacote de projetos enviado à Câmara Municipal pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) não teve quórum de vereadores para ser apreciado e mesmo votado nas últimas quinta-feira e sexta-feira. Da mesma forma, no caso da votação para a extinção gradativa dos cobradores, outra derrota, desta feita na votação em plenário. Mas, o que vinha a ser mesmo o pedágio urbano proposto por Nelson Marchezan Júnior (PSDB)? A ideia básica era oferecer passe livre nos ônibus para trabalhador formal e passagem de no máximo R$ 2,00 para o usuário em geral. 
O pacote de projetos enviado à Câmara Municipal pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) não teve quórum de vereadores para ser apreciado e mesmo votado nas últimas quinta-feira e sexta-feira. Da mesma forma, no caso da votação para a extinção gradativa dos cobradores, outra derrota, desta feita na votação em plenário. Mas, o que vinha a ser mesmo o pedágio urbano proposto por Nelson Marchezan Júnior (PSDB)? A ideia básica era oferecer passe livre nos ônibus para trabalhador formal e passagem de no máximo R$ 2,00 para o usuário em geral. 
Atualmente - excetuando a temporada de veraneio, em janeiro até o início das aulas, em meados de fevereiro – é baixa a velocidade média dos carros na cidade, cerca de 30 quilômetros por hora no pico da tarde, em torno das 18h30min. Um a cada quatro moradores de Porto Alegre perde entre 30 minutos e uma hora por dia para ir ao trabalho de carro, ônibus ou na Trensurb – sem contar o tempo da volta.
A frota de automóveis e veículos em geral cresceu muito mais que a oferta de vias públicas. As últimas grandes intervenções viárias estão nos anos de 1970, mas quando Porto Alegre tinha bem menos automóveis circulando. Hoje, são cerca de 850 mil para uma população de 1,5 milhão de pessoas. A taxa média de ocupação é de apenas 1,4 pessoa por veículo. Pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que em uma hora e meia no trânsito, aspiramos os mesmos gases tóxicos de um cigarro inteiro.
Mas, houve frustração, mesmo que a prefeitura tenha proposto um pedágio, taxar aplicativos e trocar vale-transporte por passe livre. Prefeitos da Grande Porto Alegre, reunidos na Granpal, também fizeram coro contra a proposta da Capital.
A ideia do prefeito Nelson Marchezan Júnior, incluindo o mais do que necessário sistema de ônibus, não é inédita. Em 2002, um ano antes de o pedágio urbano começar a funcionar em Londres, a velocidade média no centro da cidade era de 14,3 quilômetros por hora. Durante boa parte do dia, o tráfego travava e os motoristas demoravam dez vezes mais para percorrer um trecho nessa região do que em qualquer outro município inglês. Presos nos engarrafamentos, os ônibus não conseguiam honrar a pontualidade britânica que os tornara tão famosos no mundo, e empresários reclamavam de prejuízos.
É verdade que se trata afinal de uma medida impopular, pelo menos até fazer efeito, exatamente como aconteceu com o rodízio de veículos em São Paulo, de que ninguém gosta, mas sem o qual os congestionamentos seriam ainda mais insuportáveis.
E a partir do domingo passado, Milão, a grande, histórica e turística cidade italiana, proibiu a circulação de automóveis durante quase todo o dia. Excesso de veículos nas mesmas vias urbanas não é problema só de Porto Alegre, como citado. Que venham soluções.
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