Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 28 de Janeiro de 2020 às 16:17

Incoerencialismo

Pedro Zanetello
Pedro Zanetello
Apesar de seu maior representante na política — o Partido dos Trabalhadores — ter afundado o Brasil na mais profunda recessão econômica e nos mais absurdos esquemas de corrupção da história, a esquerda brasileira insiste em julgar os outros, sem nunca realizar qualquer autocrítica pela involução causada pelos seus representantes políticos que já (des)governaram o País. Em sua essência, os socialistas ou aqueles que defendem sistemas de bem-estar social ditados por um planejamento central — e aí também se incluem os sociais-democratas ou “socialistas enrustidos” — se mostram consistentemente e constantemente incoerentes.
Eles dizem defender a liberdade de expressão, mas idolatram ditadores assassinos como Che Guevara e Fidel Castro, responsáveis por executar milhares de pessoas que ousavam pensar diferentemente deles ou que pudessem apresentar qualquer ameaça à sua revolução particular. Dizem que todos os indivíduos devem ser livres, mas defendem que exista uma figura reguladora se intrometendo nas suas trocas voluntárias. Dizem defender a comunidade LGBT+, mas apoiam o islamismo e outras instituições que condenam e até assassinam homossexuais. Dizem que os trabalhadores não são valorizados pelos seus patrões, mas defendem leis que impedem que o trabalhador seja remunerado de acordo com seu desempenho individual. Dizem que as grandes corporações capitalistas exploram a sociedade, mas seus artistas são os primeiros a receber patrocínios dessas mesmas corporações. Dizem condenar o nazismo, mas são os primeiros a declarar apoio a ditaduras como as de Cuba e Venezuela, responsáveis também por incontáveis mortes. Pregam “mais amor, por favor”, mas são os primeiros a mostrar intolerância quando alguém ousa discordar de suas opiniões.
Usar do relativismo moral para defender suas posições autoritárias virou tônica demagoga e descarada, e se faz cada vez mais necessário desmascararmos essas falácias. A escravidão já foi legal; a perseguição de judeus já foi legal; o apartheid na África do Sul já foi legal. Não podemos cair na ilusão errônea de usar a legalidade como um condutor da moralidade. Ayn Rand já dizia: “A menor minoria na Terra é o indivíduo. Aqueles que negam os direitos individuais não podem se dizer defensores das minorias”. O socialismo, em suma, é a receita para uma permanente revolução, e de um tipo distintivamente antilibertário — e, sobretudo, anti-humano.
Empresário e associado do Instituto de Estudos Empresariais
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO