Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 10 de Janeiro de 2020 às 03:00

Um ano que já começa caro para o brasileiro

Dados do Dieese divulgados nesta quinta-feira mostram que a cesta básica de Porto Alegre teve alta de 8,95% em 2019, encerrando o ano a R$ 506,30. Dos 13 produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios, a carne liderou com folga o aumento: subiu 31,62%, seguida pela banana (10,13%) e pela batata (10,13%). São as maiores altas, mas outros 10 itens também finalizaram 2019 custando mais. Para dar conta desse gasto, o salário-mínimo necessário deveria ser de R$ 4.342,57, conforme o Dieese, ou cerca de 4,3 vezes o valor vigente.
Dados do Dieese divulgados nesta quinta-feira mostram que a cesta básica de Porto Alegre teve alta de 8,95% em 2019, encerrando o ano a R$ 506,30. Dos 13 produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios, a carne liderou com folga o aumento: subiu 31,62%, seguida pela banana (10,13%) e pela batata (10,13%). São as maiores altas, mas outros 10 itens também finalizaram 2019 custando mais. Para dar conta desse gasto, o salário-mínimo necessário deveria ser de R$ 4.342,57, conforme o Dieese, ou cerca de 4,3 vezes o valor vigente.
Nos combustíveis, a conta também está mais salgada. Apenas no ano passado, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o valor do litro do etanol subiu 11,5%; o do diesel, 11,5%; e o da gasolina, 3,8%. O ano de 2020 mal começou, e tudo indica que virá outro aumento nos postos de combustíveis, caso se confirme a piora nas relações entre Estados Unidos e Irã.
Enquanto isso, a tabela do Imposto de Renda morde mais o contribuinte. Sem correção desde 2015, a defasagem chega a 95%. Para este ano, o governo federal ainda não deu indicativos que haverá algum reajuste, por menor que seja. Resta aguardar.
Quem paga plano de saúde também deve preparar o bolso. A Agência Nacional de Saúde (ANS) autorizou um aumento máximo de 7,65% nos contratos em 2020, o que deve afetar cerca de 8 milhões de pessoas que têm planos privados.
Tudo isso para dizer que 2020 já começou caro para quem pretende organizar as contas. Por mais que a expectativa anual de inflação seja de 4%, no bolso dos brasileiros a despesa pesa bem mais. E falta colocar ainda na planilha gastos com educação, férias, material escolar, IPVA e IPTU.
Assim fica difícil para a maior parte da população conseguir guardar algum dinheiro. Os especialistas em educação financeira recomendam poupar, pelo menos, 30% do salário mensal para ter uma reserva confortável. Mas mesmo 10% dos ganhos parece inviável, pois muita gente mal consegue terminar o mês no empate entre receita e despesa.
Na realidade, a situação é inversa: em dezembro, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), 65,6% das famílias tinham alguma dívida (não necessariamente em atraso). O percentual de famílias inadimplentes, ou seja, com dívidas ou contas em atraso, ficou em 24,7%. E boa parte delas comprometia até 50% da renda para quitar os gastos mensais. Mais do que nunca, planejar o orçamento é preciso, para chegar lá no fim de 2020 devendo menos do que entrou.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO