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Opinião

- Publicada em 18 de Outubro de 2019 às 03:00

Liberdade é pluralidade

No último dia 24 de setembro, Jair Bolsonaro abriu o discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque. Durante a sua fala de pouco mais de 30 minutos, se posicionou sobre pautas como a preservação do meio ambiente, as queimadas na Amazônia, o indigenismo, o socialismo, os ataques à soberania brasileira e sobre os movimentos do governo em prol da liberdade econômica. Em linhas gerais, foi assertivo e firme em suas colocações, defendendo medidas tomadas pelo governo, principalmente no que diz respeito à preservação da Amazônia, e apresentando ações combativas ao socialismo que, poucos anos antes, se desenhava em nosso País.
No último dia 24 de setembro, Jair Bolsonaro abriu o discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque. Durante a sua fala de pouco mais de 30 minutos, se posicionou sobre pautas como a preservação do meio ambiente, as queimadas na Amazônia, o indigenismo, o socialismo, os ataques à soberania brasileira e sobre os movimentos do governo em prol da liberdade econômica. Em linhas gerais, foi assertivo e firme em suas colocações, defendendo medidas tomadas pelo governo, principalmente no que diz respeito à preservação da Amazônia, e apresentando ações combativas ao socialismo que, poucos anos antes, se desenhava em nosso País.
Até aí, tudo bem. O grande problema persistente na fala de nosso presidente são as inúmeras menções religiosas e o resgate de palavras de apoio à ditadura militar de 1964. O Brasil, sendo oficialmente um Estado laico, não pode ter uma figura representativa citando constantemente a Bíblia e suas concepções de família tradicional, que envolvem apenas casais formados por um homem e uma mulher heterossexuais; da mesma maneira, é também um problema grave continuar citando a ditadura brasileira como um exemplo positivo em nossa história.
Na matriz de fundação e concepção do liberalismo, destacou-se, importantemente, o respeito à tolerância e à pluralidade de características e preferências individuais. Qualquer autoritarismo, seja ele de esquerda, seja de direita, deve ser combatido e repelido. Se buscamos maior liberdade individual, política e econômica, para nos expressarmos livremente em busca de nossa felicidade, com responsabilidade, e se almejamos desenvolvimento e prosperidade para nosso país, precisamos rever urgentemente nossas premissas éticas e morais.
Não cabe ficar reverenciando ditaduras ou enaltecendo figuras que, comprovadamente, torturaram e mataram, independentemente de quaisquer objetivos. Assim como não cabe mais querer impor preferências religiosas ou sexuais, por exemplo, a uma Nação inteira. É errado e incoerente ferir a liberdade individual pela qual lutamos diariamente. É nosso dever, como defensores da liberdade, respeitar e enaltecer a pluralidade. Nos orgulhamos de ser um país com uma diversidade cultural gigantesca, de proporções continentais. No entanto, pecamos em condenar as atitudes de nossos líderes, que ainda teimam em ferir a nossa pluralidade.
Empresário e associado do Instituto de Estudos Empresariais (IEE)
 
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