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Opinião

- Publicada em 26 de Setembro de 2019 às 03:00

A roda volta a girar

Consumindo mais de 85% dos calçados produzidos, o mercado doméstico é fundamental para o desempenho da indústria brasileira. Se está fraco, pouco adianta o resultado da balança comercial. O fato é que não somente a indústria de calçados, mas o setor manufatureiro com foco no mercado interno em geral vem sofrendo há, pelo menos, quatro anos. De 2015 e 2016, herdamos uma queda no PIB da ordem de 7%. Após esse período, com a melhora do ambiente político, passamos a não acumular mais quedas, porém andamos de lado. Ou seja, estamos muito longe de recuperar os índices pré-crise, em 2013 e 2014.
Consumindo mais de 85% dos calçados produzidos, o mercado doméstico é fundamental para o desempenho da indústria brasileira. Se está fraco, pouco adianta o resultado da balança comercial. O fato é que não somente a indústria de calçados, mas o setor manufatureiro com foco no mercado interno em geral vem sofrendo há, pelo menos, quatro anos. De 2015 e 2016, herdamos uma queda no PIB da ordem de 7%. Após esse período, com a melhora do ambiente político, passamos a não acumular mais quedas, porém andamos de lado. Ou seja, estamos muito longe de recuperar os índices pré-crise, em 2013 e 2014.
Por outro lado, é preciso dizer que, finalmente, a roda da economia deve começar a girar. O índice de desemprego, ainda elevado, passou de 13%, no início do ano, para 11,8% no mais recente levantamento do IBGE, e o PIB cresceu 0,4% no segundo trimestre, fatos que terão impacto direto na demanda por calçados.
Também saudamos as reformas estruturais em andamento e que visam, acima de tudo, recuperar a confiança do mercado e do consumidor, e tornar o Brasil um país sustentável economicamente. A reforma previdenciária, mesmo desidratada em mais de R$ 100 bilhões em economias para os próximos 10 anos, está em discussão no Senado Federal e deve ser aprovada em breve. Importante para retomar a confiança do mercado, após anos de desajustes nas contas públicas, a reforma da Previdência será importante, sobretudo, por abrir espaço para a tão esperada reforma tributária, esta com impacto direto no cotidiano das empresas.
A reforma tributária, como temos ciência, não irá, neste primeiro momento, diminuir tributos, até porque a economia ainda patina e precisa de recursos e investimentos públicos para seguir no caminho da recuperação. Mas somente o fato de reduzir burocracias e simplificar recolhimentos, o que já foi sinalizado pelo governo federal, será de extrema valia para a economia brasileira.
Certamente não recuperaremos, ainda, os níveis de pré-crise, mas é um alento perceber que, finalmente, a roda da economia começa a girar.
Presidente-executivo da Abicalçados
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