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Opinião

- Publicada em 17 de Setembro de 2019 às 03:00

Sem razões para festejar

Paulo Vellinho
Ao completar 92 anos de idade, a pergunta que me fazem é a previsível: vai festejar? À indagação, segue-se naturalmente outra, qual seja - festejar o quê? A idade, a saúde, o gosto pela vida seriam respostas mais ou menos óbvias para o questionamento. Durante toda minha vida, totalizando mais de 70 anos de atividade empresarial, tive a oportunidade de conhecer a maior parte do mundo - os países vencedores e os perdedores - os ricos ficando cada vez mais ricos e os pobres continuando na mesma situação.
Ao completar 92 anos de idade, a pergunta que me fazem é a previsível: vai festejar? À indagação, segue-se naturalmente outra, qual seja - festejar o quê? A idade, a saúde, o gosto pela vida seriam respostas mais ou menos óbvias para o questionamento. Durante toda minha vida, totalizando mais de 70 anos de atividade empresarial, tive a oportunidade de conhecer a maior parte do mundo - os países vencedores e os perdedores - os ricos ficando cada vez mais ricos e os pobres continuando na mesma situação.
Com uma diferença: as carroças eram puxadas por cavalos, os sem teto eram raros, a indústria se organizou para vender seus produtos no mercado interno e no externo enquanto o homem não só foi relegado a um segundo plano, mas ainda pior: ele foi abandonado em termos de saúde e de educação. E como resposta foi reduzido o grau de exigência no tocante à sua qualidade.
Esta queda de patamar se deu com tal intensidade que os egressos do Ensino Fundamental em sua maioria não sabem ler, escrever ou fazer contas. E nesta condição acabam ingressando na universidade. Resultado: a Petrobras fez concurso para contratar 600 engenheiros e somente 200 foram qualificados. Ou seja: o diploma é apenas um documento sem valor efetivo pois falta conteúdo aos egressos do ensino superior.
Os governos de esquerda, ao praticarem o decálogo de Gramsci, conseguiram seu grande objetivo: a hegemonia do pensamento no seu patamar mais baixo, condição ideal para escravizar os cidadãos, tornando-os habilitados para votar segundo os ditames dos poderosos, sem opção, por exemplo, de escolher democraticamente seus governantes.
Daí porque, como resposta à pergunta "festejar o quê?" seria até um desrespeito à sociedade brasileira destruída pela esquerda predatória que conseguiu criar uma nova casta socioeconômica representada pelos apátridas incapazes de pensar. Para culminar, tamanha é a desfaçatez dos privilegiados que eles construíram para si uma "ilha de fantasia". A propósito, vale registrar o protesto de um promotor mineiro queixando-se do "miserê" a que seria submetido ao perceber salário de 24 mil reais/mês, sem considerar os extras que praticamente dobram o mesmo. É surreal ouvir seus reclames considerando-se que nossos governantes, dizendo-se defensores dos pobres, integram a legião de marajás que sentem-se aparentemente confortáveis ao fixar em pouco menos de mil reais o salário-mínimo do País.
Empresário
 
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