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Opinião

- Publicada em 11 de Setembro de 2019 às 03:00

Sinal verde para a vida

A campanha Setembro Verde, abraçada por várias instituições ao longo do mês, é uma boa oportunidade para a sociedade refletir sobre a importância de doar órgãos. O gesto que salva vidas também reflete a solidariedade que sustenta a esperança e a gratidão de milhares de famílias. Só quem está na fila do transplante sabe o quão angustioso é esperar pelo fim do sofrimento. Como não se emocionar com as histórias de transplantados salvos pelo órgão de um desconhecido? A dor de parentes e amigos com a morte do seu ente querido, por vezes precoce, é em parte confortada com as vidas salvas por um ato altruísta. Tais momentos podem ser mais frequentes se o País investir em conscientização e respeito à decisão do doador. Depois de passar pelo Senado, chegou à Câmara dos Deputados projeto de minha autoria que acaba com a obrigação de consultar familiares próximos antes de fazer a retirada dos órgãos de um falecido que manifestou em vida o desejo de ser doador. O PLS 453/2017 estabelece que, uma vez declarada expressamente a sua intenção de doar, ninguém mais pode contrariar essa vontade no futuro.
A campanha Setembro Verde, abraçada por várias instituições ao longo do mês, é uma boa oportunidade para a sociedade refletir sobre a importância de doar órgãos. O gesto que salva vidas também reflete a solidariedade que sustenta a esperança e a gratidão de milhares de famílias. Só quem está na fila do transplante sabe o quão angustioso é esperar pelo fim do sofrimento. Como não se emocionar com as histórias de transplantados salvos pelo órgão de um desconhecido? A dor de parentes e amigos com a morte do seu ente querido, por vezes precoce, é em parte confortada com as vidas salvas por um ato altruísta. Tais momentos podem ser mais frequentes se o País investir em conscientização e respeito à decisão do doador. Depois de passar pelo Senado, chegou à Câmara dos Deputados projeto de minha autoria que acaba com a obrigação de consultar familiares próximos antes de fazer a retirada dos órgãos de um falecido que manifestou em vida o desejo de ser doador. O PLS 453/2017 estabelece que, uma vez declarada expressamente a sua intenção de doar, ninguém mais pode contrariar essa vontade no futuro.
O objetivo do texto é, por óbvio, elevar o número de transplantados, reduzindo as filas de milhares de pacientes. Só no Rio Grande do Sul, referência internacional em transplantes, há 1,5 mil pessoas à espera de órgãos. Entendo ser urgente prover a segurança e a rapidez que estão na base do sucesso desses complexos procedimentos clínicos. Com apoio de entidades que lutam pela ampliação do número de doadores, como a VIAVIDA, de Porto Alegre, conseguiremos levar adiante a proposta de priorizar a vontade do doador. Essa ONG, aliás, defende a implantação de um cadastro online de pessoas que consentem com a sua doação após a morte. Esta lista estaria registrada em todas as centrais estaduais de transplantes e interligadas ao sistema nacional. Quando detectada a morte encefálica de um paciente, os hospitais credenciados teriam acesso ao cadastro para verificar se a pessoa autorizou em vida a doação de órgãos e, assim, após comunicar à família, iniciar os procedimentos de transplante.
A facilitação legal dos transplantes e a promoção do bem-estar dos transplantados são causas nobres e que dizem respeito a todos. A partir da aprovação desta proposta, o Brasil pode se tornar modelo nesta área da saúde que dialoga diretamente com os princípios de cidadania apregoados pela Constituição Federal.
Senador (Podemos)
 
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