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Opinião

- Publicada em 02 de Setembro de 2019 às 18:20

A filósofa argentina e o aborto

Lendo um jornal de Buenos Aires online, descobri uma filósofa argentina fantástica: Esther Díaz. Autora de mais de 30 livros, recentemente, aos 79 anos, publicou um chamado Filósofa Punk, o que muito me interessou, porque fui punk quando adolescente. Ela também escreveu sobre Michel Foulcault, sobre sexo, sobre pós-modernidade. Numa de suas palestras disponível na web, fala sobre a repressão contra a mulher, sobre os direitos delas e também sobre o aborto.
Lendo um jornal de Buenos Aires online, descobri uma filósofa argentina fantástica: Esther Díaz. Autora de mais de 30 livros, recentemente, aos 79 anos, publicou um chamado Filósofa Punk, o que muito me interessou, porque fui punk quando adolescente. Ela também escreveu sobre Michel Foulcault, sobre sexo, sobre pós-modernidade. Numa de suas palestras disponível na web, fala sobre a repressão contra a mulher, sobre os direitos delas e também sobre o aborto.
Até esta última palavra, eu fiquei impressionado com a inteligência da castelhana, com sua rapidez de raciocínio, com sua franqueza ao falar sobre assuntos que deveriam ser tratados com naturalidade, sobre machismo, apesar de que todas as feministas falam mais ou menos dessa maneira. Mas ser a favor do aborto, como todas as feministas são, foi demais para mim.
Nietzsche já ensinou que as pessoas em geral seguem o espírito de rebanho, porque não raciocinam, apenas repetem o que todos dizem. Então, se as feministas são a favor do aborto, uma a mais continua sendo. Os defensores do aborto dizem que somente os religiosos são contra por questões cristãs. Mas eu sou ateu e também sou contra, e isso nada tem a ver com um suposto Deus; tem a ver, isto sim, com questões de Direitos Humanos. Agora vou dizer o óbvio: se uma mulher engravida, mesmo que o feto ainda não esteja constituído, isto é, nas primeiras semanas, haverá uma criança em progresso, outra vida a caminho. Quem responde de bate pronto, sem raciocinar, diz que a mulher tem direito de fazer o que quiser com o seu corpo. Então quer dizer que matar uma criança que ainda não nasceu é a mesma coisa que fazer o que dizer com o seu corpo?
Alguns que também não raciocinam defendem que o aborto deve ser feito em caso de estupro. Bem, aí sim, pensariam uns terceiros, que também não pararam para pensar: se um homem cometeu o absurdo de estuprar uma mulher, então ela tem o direito de cometer outro absurdo, ou seja, matar uma criança inocente, que nada tem a ver com a maldade do homem que estuprou sua mãe.
É incrível que existam pessoas que defendam o aborto. Dizem que é polêmico. Não vejo nada polêmico nisso. Se o artigo 121 do Código Penal Brasileiro, lei 2.848, de 7 de dezembro de 1940, diz que quem matar uma pessoa deve ir para a prisão de 6 a 20 anos, logo as mulheres que comerem aborto, que é a mesma coisa que matar um cidadão, precisam ir para a cadeia e ficar por lá uns 20 anos.
Mestre em Letras/Ufrgs
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