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Opinião

- Publicada em 26 de Julho de 2019 às 16:52

Jornalismo infantojuvenil e a formação de cidadãos críticos

Crise do jornalismo. Ondas de fake news. Desinformação. Não faltam motivos para manter todos os sinais em alerta quando o assunto é o futuro dos caminhos da notícia. Mas há bem mais a se pensar no presente do que apenas tentar convencer seus amigos, familiares ou meros conhecidos de que aplicativos de troca de mensagem não são fontes confiáveis de informação.
Crise do jornalismo. Ondas de fake news. Desinformação. Não faltam motivos para manter todos os sinais em alerta quando o assunto é o futuro dos caminhos da notícia. Mas há bem mais a se pensar no presente do que apenas tentar convencer seus amigos, familiares ou meros conhecidos de que aplicativos de troca de mensagem não são fontes confiáveis de informação.
Muito pode ser feito, por exemplo, para que os brasileiros que serão adultos em dez ou quinze anos saibam identificar jornalismo de qualidade, praticado com apuração atenta e responsável, e tenham as ferramentas necessárias para se afastar das notícias falsas. O método mais eficiente para isso, usado há décadas no mundo inteiro e que dá seus primeiros passos firmes no Brasil nos últimos anos, chama-se jornalismo infantojuvenil.
É por meio da leitura de notícias desde a alfabetização que um cidadão compreende o que é jornalismo, conhece seus métodos de feitura e aprende a diferenciá-lo da desinformação. E nunca é demais lembrar: criança também é cidadão e tem seus direitos. Alguns deles previstos pela Convenção Sobre os Direitos da Criança, adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 20 de novembro de 1989. No documento, os artigos 13 e 17 dizem, respectivamente: “A criança terá direito à liberdade de expressão. Esse direito incluirá a liberdade de procurar, receber e divulgar informações e ideias de todo tipo (...)”; “Os Estados Partes reconhecem a função importante desempenhada pelos meios de comunicação e zelarão para que a criança tenha acesso a informações e materiais procedentes de diversas fontes nacionais e internacionais (...)”.
Não é para menos que a França conta com jornais diários de atualidades para crianças, como o Mon Quotidien. E que o First News, na Inglaterra, já tenha completado 13 anos de existência com suas publicações semanais, levando o dia a dia do país e do mundo para seus jovens leitores.
A lógica é simples: uma criança ou jovem que se informa (por meio de veículo de comunicação adequado à sua faixa etária) sobre seu bairro, cidade, estado, país, mundo, compreende a sociedade onde vive e da qual faz parte. A compreensão leva ao desejo de agir, de tornar melhor o local onde se está inserido. Disso surge a consciência cidadã e o pensamento crítico. E forma-se uma geração de adultos transformados. Adultos que, em sua infância, conheceram o jornalismo – jornalismo infantojuvenil.
Editora-chefe do jornal Joca, o primeiro e único no Brasil para crianças e jovens
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