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Opinião

- Publicada em 24 de Julho de 2019 às 03:00

Por que você é mal atendido no Brasil?

Richard Machado
E provável que alguma vez você já tenha questionado o motivo pelo qual contratou um serviço de telefonia no Brasil e não recebeu o contratado, ou talvez tenha passado por recorrentes problemas na conexão do seu sinal de internet, ou ainda tenha se indignado com um serviço de táxi, ônibus ou metrô mal prestado em sua cidade. Se você se identifica com um ou até todos os casos citados, após ler este artigo vai entender por que isso acontece no Brasil e em outros países latino-americanos.
E provável que alguma vez você já tenha questionado o motivo pelo qual contratou um serviço de telefonia no Brasil e não recebeu o contratado, ou talvez tenha passado por recorrentes problemas na conexão do seu sinal de internet, ou ainda tenha se indignado com um serviço de táxi, ônibus ou metrô mal prestado em sua cidade. Se você se identifica com um ou até todos os casos citados, após ler este artigo vai entender por que isso acontece no Brasil e em outros países latino-americanos.
No Brasil, serviços essenciais prestados à população estão sob a tutela do Estado, como energia, transporte e telefonia. Mesmo empresas do segmento de telefonia operam sob o guarda-chuva de agências reguladoras, como a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
As agências reguladoras são órgãos governamentais que exercem papel de fiscalização, regulamentação e controle de produtos e serviços de interesse público tais como telecomunicações, energia elétrica e serviços de planos de saúde.
De fato, o que ocorre é que, como não existe um livre mercado nesses setores, por serem estatais ou concessões, como no caso das telecomunicações, o governo entende que as agências são necessárias para a proteção do consumidor, o que sabemos que de fato não ocorre na maior parte das vezes. O que ocorre na verdade é uma alta concentração de mercado consumidor em poder de poucas empresas, um oligopólio.
De fato, multas são aferidas por parte das agências às empresas detentoras das concessões quando estas prestam serviços ruins ou inadequados; no entanto, são multas pequenas perto do lucro auferido por essas mesmas empresas devido à pequena concorrência em seus mercados, o que acaba se tornando um trade-off fácil para elas, que optam por assumir os riscos de eventuais sanções e continuam prestando serviços de péssima qualidade.
Cabe ainda dizer que o cenário já foi muito pior, pois apenas após a abertura de mercado ocorrida durante o governo Collor é que foi possível a privatização dos serviços de telefonia no Brasil, por exemplo, o que oportunizou a entrada de empresas estrangeiras no mercado nacional e uma significativa melhora da tecnologia nesse segmento.
Com relação ao cenário atual, nos resta torcer para que o governo, com um propósito mais liberal e de livre mercado, consiga oportunizar melhores serviços à população, permitindo maior competição entre essas empresas que atuam em segmentos tão caros a nós todos.
Associado do IEE
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