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Opinião

- Publicada em 15 de Julho de 2019 às 03:00

Sobre nossa independência financeira

Bastou a virada do sétimo mês de 2019 para as esperanças caírem por terra. A imprensa gaúcha mostra o contrário do que a nacional propala como vitória. Em São Leopoldo, são perdidas 480 vagas de emprego, com o fechamento de uma fábrica com mais de 25 anos de atividade.
Bastou a virada do sétimo mês de 2019 para as esperanças caírem por terra. A imprensa gaúcha mostra o contrário do que a nacional propala como vitória. Em São Leopoldo, são perdidas 480 vagas de emprego, com o fechamento de uma fábrica com mais de 25 anos de atividade.
Outra grande empresa, inaugurada em 2008 e com unidade em Palmeira da Missões, também anunciou o encerramento de suas atividades, perdendo cerca de 950 empregos. Em Sapiranga, mais perdas: a empresa afirma que serão demitidos 74 funcionários, mas o sindicato fala em mais de 600.
Assistimos o governo federal silenciar sobre nossa desindustrialização, enquanto aplaude um acordo com o mercado europeu, que simplesmente quer nossas mercadorias e produtos "in natura", para produzir riquezas em outros continentes. A independência financeira brasileira foi esquecida. As políticas da União se resumem a uma reforma previdenciária que, como sabemos, não resolverá a crise. E, mesmo diante da derrocada financeira interna, anuncia a oferta de centenas de ativos nacionais a preço vil ao capital internacional.
Essa reforma segue o mesmo rumo da reforma trabalhista, que viria para gerar milhares de empregos e reencontrar nossa economia. Porém, o único crescimento que assistimos é o do capital internacional, que faz festa com as escolhas dos nossos governantes.
No Rio Grande do Sul, não é diferente. Nosso gestor, pelo que parece, vai abrir um "Piratini" em São Paulo, de tanto que se acerca do governador de lá. Em todo o tempo de seu governo, aposta em uma renegociação unilateral, com bases preestabelecidas e, também, anuncia a entrega de nossos ativos para o capital internacional.
Desfazer-nos dos nossos capitais, desnacionalizar nosso sistema produtivo e fragilizar nosso sistema industrial, de bens e serviços, servirá para dar um passo atrás. Voltaremos a ser colônia dos detentores do capital.
Esqueçamos nossa independência financeira. Nossos governos, da União e do Estado, estão juntos na entrega do Brasil.
Deputada estadual (PDT)
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