Adote uma escola pública estadual

Não é de hoje que a Educação Pública Estadual está em sofrimento. As escolas possuem infraestrutura precária, sem o mínimo de condições de proporcionar um ensino com qualidade. Estão com problemas em suas edificações, em tecnologia, bibliotecas, reprografia, além da falta de professores e demais recursos humanos. Até há pouco tempo, toda essa situação era contornável, porém está se agravando e temos muitas delas em estado deplorável. O professor precisa levar os alunos para um laboratório de informática, mas chegando lá se depara com computadores sucateados. A questão é que praticamente cinquenta por cento dos computadores não funcionam e a sala da informática mais parece um depósito de sucatas. Imaginem quantas empresas trocam seus computadores, em bom estado, por ano? Por que não doam para as escolas públicas?

São raras as escolas que não têm problemas em suas instalações físicas. Existem aquelas cujo forro desabou e quase caiu em cima dos alunos e há ainda as que faltam salas, possuem problemas de goteiras, problemas nos banheiros, nos pátios, nas quadras de esporte, em seus refeitórios ou na cozinha, etc. Sem falar na falta de recursos humanos: professores, bibliotecários, secretários, monitores, etc.

Se o Estado do Rio Grande do Sul está passando por uma crise financeira sem precedentes e ainda não consegue ter uma previsão de melhora, porque não se busca ou se cria alternativas? As empresas podem apadrinhar as escolas públicas estaduais. O Rio Grande do Sul tem um total de 2.534 escolas estaduais (fonte: Secretaria da Educação) e 1.343 médias e grandes empresas (fonte: Sebrae). Pela proporção numérica, as médias e grandes empresas podem se tornar empresas madrinhas de pelo menos duas escolas cada uma, tanto para dar suporte nas instalações físicas, como na parte tecnológica. Sendo assim, é possível vislumbrar em médio prazo a retomada do Rio Grande do Sul nos primeiros lugares do Ranking Geral da Educação no País, pois atualmente amargamos o oitavo lugar (Ranking da Competitividade dos Estados 2018), sendo que pela Taxa de Frequência Líquida do Ensino Médio estamos em décimo-quinto lugar.

Esse cenário pode ser mudado criando uma parceria entre a empresa e a escola através do surgimento da empresa madrinha em prol da educação no Rio Grande do Sul.