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Opinião

- Publicada em 03 de Junho de 2019 às 03:00

Um foco para o Brasil

O poder do foco, seja na esfera pessoal ou no âmbito organizacional, vem recebendo crescente atenção de teóricos e práticos em administração.
O poder do foco, seja na esfera pessoal ou no âmbito organizacional, vem recebendo crescente atenção de teóricos e práticos em administração.
O conceito do foco é obter vantagens por meio da concentração de esforços numa determinada frente, capturando benefícios das demais áreas pelo efeito sinérgico e interdependente do movimento em si.
Nessa visão, não é descabido imaginar que um País possa se valer do poder do foco para empreender, a partir de uma escolha chave, aquilo que pode ter um efeito transformador no seu futuro.
Essa escolha seria capaz de provocar um avanço de alto impacto influenciando outras áreas crucialmente decisivas para o desenvolvimento nacional. Um exemplo de foco ocorreu na empresa americana Alcoa, uma das maiores empresas de alumínio do mundo. Quando de sua posse, em 1987, mesmo sob o olhar desconfiado dos investidores, o executivo Paul O'Neill teve um insight que seria decisivo para o sucesso de sua gestão. Contrariando as expectativas da maioria, Paul O'Neill elegeu a segurança no trabalho como escolha crítica com a qual pretendia potencializar o desempenho da Alcoa.
O'Neill nutria uma confiança férrea de que ao escolher uma só frente, um só foco, ele seria capaz de galvanizar a atenção de todos na organização e provocar um efeito sinérgico e abrangente a ponto de melhorar os demais indicadores envolvendo simultaneamente pessoas, processos e negócios.
Charles Duhigg, no seu extraordinário livro "O poder do hábito" chama isso de hábito angular, ou em outras palavras, aquela escolha sobre qual área deve merecer maior ênfase e que tem potencial para contagiar o modo como as coisas são feitas, capaz de consolidar isso num novo modo de ser da empresa.
O poder do foco e a força de um hábito que passaria a contagiar a cultura da empresa transformou a Alcoa. Sob a gestão de ONeill, a empresa alcançou patamares até então inéditos em termos de resultado.
No caso do Brasil, num conjunto de dezenas de prioridades, todas aparentemente importantes, caberia ao País abraçar uma escolha angular e que fosse capaz de, pela força de um patrocínio honesto e abrangente, conquistar apoio suficiente para dar o primeiro giro na roda da mudança.
A meu ver, um foco claro e decisivo na educação, a começar pela educação de base, poderia capturar as sinergias necessárias para a transformação real do nosso País, ensejando já a médio prazo maior desenvolvimento econômico e social, colocando o Brasil no patamar que todos nós desejamos.
Mestre em Administração de Empresas
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