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Opinião

- Publicada em 03 de Maio de 2019 às 03:00

Porto de Torres tem atraso de 144 anos

Muitos portos do mundo não têm barra como existe em Rio Grande, que chegou a ser considerado como inviável sua construção no século 19, pelos engenheiros franceses, que tinham a experiência da construção do Canal de Suez, justamente por causa da barra que mudava de lugar ao sabor das correntes marítimas. A situação do porto de Ymuiden, na Holanda, é semelhante à de Torres, com costa arenosa e espraiada. É um exemplo clássico de molhes lançados ao mar em costa rasa, totalmente exposta ao mar. O Terminal Privado de Torres está situado em condições semelhantes ao porto de Suape - Pernambuco, que também está situado em águas profundas, costa retilínea e espraiada logo ao Sul do Cabo de Santo Agostinho.
Muitos portos do mundo não têm barra como existe em Rio Grande, que chegou a ser considerado como inviável sua construção no século 19, pelos engenheiros franceses, que tinham a experiência da construção do Canal de Suez, justamente por causa da barra que mudava de lugar ao sabor das correntes marítimas. A situação do porto de Ymuiden, na Holanda, é semelhante à de Torres, com costa arenosa e espraiada. É um exemplo clássico de molhes lançados ao mar em costa rasa, totalmente exposta ao mar. O Terminal Privado de Torres está situado em condições semelhantes ao porto de Suape - Pernambuco, que também está situado em águas profundas, costa retilínea e espraiada logo ao Sul do Cabo de Santo Agostinho.
Assim sobram os exemplos para justificar sua absoluta viabilidade técnica. Quanto à rocha para construir os molhes virá de menos de 30 km de distância, dos contrafortes da Serra Geral (basalto), mais próximos ao oceano. Ao contrário das rochas que formaram os molhes de Rio Grande, transportadas do Capão do Leão (granito) situado a mais de 100 km de Rio Grande. E as condições de transporte em 1910/1914 e um século depois, com equipamentos de transporte mais potentes. O TUP de Torres é uma necessidade para diminuir os custos dos fretes dos produtos gaúchos vindos da Metade Norte, como grãos, metais mecânicos e produto importado como gás natural, que após reprocessado, é distribuído para abastecer o Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, a menor preço que o gás oriundo da Bolívia. Quanto ao argumento que não tem carga para manter o porto ou é equivocado ou tendencioso. Estou falando em volumes expressivos, superiores a 10 milhões de toneladas/ano. Somente a soja exportada por Imbituba, em torno de 50% da safra produzida este ano no Rio Grande do Sul, chegará a 9 milhões de toneladas. Segundo informações da Acergs, grande parte da produção de soja por não conseguirá espaço no Terminal de Rio Grande, está saindo pelo Porto de Imbituba.
Engenheiro civil, ex-deputado federal e relator da Lei nº 8.630 (Lei dos Portos)
 
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