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Opinião

- Publicada em 10 de Abril de 2019 às 03:00

Medidas provisórias, ataques permanentes

Falar em trabalho no Brasil, hoje, diz mais respeito à pauta dos empresários que às demandas da classe trabalhadora ou o papel social do trabalho. Sobre a reforma da Previdência, já se sabe que será necessário trabalhar mais; sobre a carteira verde e amarela, em piores condições; e diante da extinção do sindicalismo, em total desamparo para construir qualquer avanço.
Falar em trabalho no Brasil, hoje, diz mais respeito à pauta dos empresários que às demandas da classe trabalhadora ou o papel social do trabalho. Sobre a reforma da Previdência, já se sabe que será necessário trabalhar mais; sobre a carteira verde e amarela, em piores condições; e diante da extinção do sindicalismo, em total desamparo para construir qualquer avanço.
A reforma trabalhista sacramentou a prevalência do negociado sobre o legislado. Se o intuito era enfraquecer o amparo da CLT sobre os trabalhadores, o último movimento das suas entidades de representação diante da medida provisória que sepulta os sindicatos, deve ser a liberdade de negociar o custeio diretamente com as empresas. Somente aos maus patrões interessa o desfecho de uma longa campanha antissindical, que ameaça colocar fim ao trabalho sério de entidades como o Sindec-POA - maior sindicato da iniciativa privada do Estado e que fechou as suas portas, suspendendo serviços prestados há 87 anos para um contingente, hoje, de 100 mil trabalhadores.
Não ficaremos passivos em relação a um governo que promove reformas para extinguir direitos quando deveria atacar privilégios. Que edita medidas contra a autonomia de organização da sociedade civil, sem intervir na irresponsabilidade da iniciativa privada, como em Mariana e Brumadinho. Não vamos aceitar que uma medida arbitrária e inconstitucional estabeleça o fim do direito de defesa e de luta dos trabalhadores.
Vereador (Solidariedade) de Porto Alegre e presidente da Força Sindical-RS
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