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Opinião
- Publicada em 17 de Março de 2019 às 01:00A saúde do adolescente em pauta
No dia 7 de março, o presidente Jair Bolsonaro transmitiu uma live no Facebook, ao lado do ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, e do porta-voz da Presidência, general Otávio do Rêgo Barros. Dentre outros assuntos de governo, a Caderneta de Saúde do Adolescente foi citada. O presidente mostra a Caderneta de Saúde do Adolescente e a chama de caderneta de vacinação. De acordo com o presidente, a caderneta "é para crianças de 9 a 16 anos". Disse também que o material traz "certas figuras que não caem bem, com toda a certeza, para meninos e meninas de 9 anos de idade terem acesso". A Caderneta de Saúde do Adolescente é muito mais abrangente que uma caderneta de vacinação. Está destinada ao público adolescente, de 10 a 19 anos, de acordo com a classificação utilizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Equívocos à parte, o presidente Jair Bolsonaro permitiu nessa live que a saúde do adolescente e os seus rumos fossem discutidos pela sociedade, pois imediatamente após essa menção o assunto já era polêmica em todo o Brasil.
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No dia 7 de março, o presidente Jair Bolsonaro transmitiu uma live no Facebook, ao lado do ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, e do porta-voz da Presidência, general Otávio do Rêgo Barros. Dentre outros assuntos de governo, a Caderneta de Saúde do Adolescente foi citada. O presidente mostra a Caderneta de Saúde do Adolescente e a chama de caderneta de vacinação. De acordo com o presidente, a caderneta "é para crianças de 9 a 16 anos". Disse também que o material traz "certas figuras que não caem bem, com toda a certeza, para meninos e meninas de 9 anos de idade terem acesso". A Caderneta de Saúde do Adolescente é muito mais abrangente que uma caderneta de vacinação. Está destinada ao público adolescente, de 10 a 19 anos, de acordo com a classificação utilizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Equívocos à parte, o presidente Jair Bolsonaro permitiu nessa live que a saúde do adolescente e os seus rumos fossem discutidos pela sociedade, pois imediatamente após essa menção o assunto já era polêmica em todo o Brasil.
Estima-se que, no ano de 2015, os adolescentes representavam 16,6% da população brasileira. Nesse mesmo ano, registraram-se 26.249 óbitos nessa faixa etária. Destes, 68,3% tiveram causas externas como causa básica da morte (dados extraídos do portal Datasus). Em tempos de polêmica por conta do material utilizado como instrumento de trabalho pelos profissionais de saúde, talvez seja mais pertinente um olhar para esses alarmantes dados. Investir em ações, de preferência intersetoriais, que sejam capazes de promover a saúde integral do adolescente no Brasil é um assunto urgente.
Doutoranda em Epidemiologia/Ufrgs
