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Opinião

- Publicada em 11 de Fevereiro de 2019 às 01:00

A herança da OAS no entorno da Arena

A construção da Arena do Grêmio encheu de esperanças as parcelas mais vulneráveis da população que mora no bairro Navegantes. Até agora, no entanto, ficou apenas a ilusão de que o empreendimento traria desenvolvimento e infraestrutura urbana àquela região da Zona Norte de Porto Alegre.
A construção da Arena do Grêmio encheu de esperanças as parcelas mais vulneráveis da população que mora no bairro Navegantes. Até agora, no entanto, ficou apenas a ilusão de que o empreendimento traria desenvolvimento e infraestrutura urbana àquela região da Zona Norte de Porto Alegre.
A construtora não cumpriu as medidas mitigatórias, nem fez as obras que se comprometeu. O Tribunal de Contas do Estado emitiu medida cautelar determinando que a prefeitura não assine o acordo referente às obras do entorno da Arena. Por enquanto, estão sendo apurados fatos referentes às exigências de compensação ambiental e urbana necessárias para viabilizar a conclusão do "Complexo da Arena do Grêmio".
Enquanto isso, pessoas que vivem em áreas ocupadas, com centenas de crianças, dividem espaço com ratos, andam por vielas com esgoto a céu aberto, se alimentam junto ao lixo, e moram em casebres ou em "casas de passagem", com cerca de 15 metros quadrados. Entendo que a única justificativa para se submeterem a condições tão insalubres como essas seja a extrema necessidade.
Convido vocês a uma reflexão! Acima das questões clubísticas está a questão humanitária. Façamos uma troca de papéis. Exercitemos a famosa empatia. Dentre as pessoas que vivem na região temos várias que trabalham recolhendo materiais recicláveis. Puxar um carrinho pelas ruas de Porto Alegre, durante o nosso verão escaldante, com o sol reverberando no asfalto, é tarefa árdua. Enfrentando isso diariamente, essas mulheres e homens sustentam suas famílias com o suor do próprio trabalho. Chegam em casa exaustos, e merecem uma moradia digna para si e seus filhos.
A questão habitacional não possui soluções milagrosas, tampouco rápidas. Requer investimento financeiro e vontade política. Essas pessoas aguardam uma resposta do Poder Público desde 2012. Uma das tarefas do Legislativo é justamente apoiar e cobrar de quem tem a caneta na mão. Até quando elas terão que esperar?
Vereador, líder da bancada do PT Porto Alegre
 
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