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Opinião

- Publicada em 10 de Fevereiro de 2019 às 01:00

Brasil necessita de mais e melhor educação

Todos clamam por ações que diminuam a desigualdade que persiste no Brasil, décadas após décadas, algo que vem desde o fim do período do Império. Dom Pedro II, nos seus 50 anos à frente do governo imperial, deu muito apoio à educação. Tinha a visão correta de que o País só iria melhorar dando um ensino de qualidade, em todos os quadrantes, de Norte a Sul. Infelizmente, a libertação dos escravos foi feita de maneira simplista. Libertos, mas analfabetos e sabendo apenas trabalhar na agricultura em troca de comida e um galpão para dormir, durante 300 anos os negros ficaram marginalizados ao natural e praticamente nada foi feito para incluí-los na nova vida que teriam pela frente.
Todos clamam por ações que diminuam a desigualdade que persiste no Brasil, décadas após décadas, algo que vem desde o fim do período do Império. Dom Pedro II, nos seus 50 anos à frente do governo imperial, deu muito apoio à educação. Tinha a visão correta de que o País só iria melhorar dando um ensino de qualidade, em todos os quadrantes, de Norte a Sul. Infelizmente, a libertação dos escravos foi feita de maneira simplista. Libertos, mas analfabetos e sabendo apenas trabalhar na agricultura em troca de comida e um galpão para dormir, durante 300 anos os negros ficaram marginalizados ao natural e praticamente nada foi feito para incluí-los na nova vida que teriam pela frente.
Ora, quando são citados países da Europa como modelos de avanço nem sempre é citada a educação como um dos pilares do progresso e do equilíbrio social que neles são verificados. Desde a limpeza das ruas, passando pelo trânsito e o comportamento na vida profissional, lá tudo é diferente de um Brasil infestado de corrupção em tantos setores públicos e privados.
Portanto, educar, mostrar o certo e o errado, enaltecer a honestidade, o esforço e o trabalho para galgar melhor posição, seja na iniciativa privada, seja nas atividades públicas, é o que, no médio e longo prazo, nos trará uma Nação bem melhor do que a atual em que vivemos e, geralmente, tanto lamentamos pelo que ocorre. Sendo assim, não basta apenas reformular currículos, ainda que essa seja uma medida importante com o avanço rapidíssimo das tecnologias lideradas pela tecnologia. É preciso qualificar todo o modelo.
Sobre o estado atual de nossa educação, especialistas de ensino apontam que o foco deve estar em cinco grandes eixos desafiadores para avançar, tanto do ponto de vista da qualidade como da equidade. O primeiro é o desafio da alfabetização das nossas crianças na idade certa, aos sete anos. O segundo eixo, a formação dos professores, a valorização da carreira do magistério. O terceiro é a questão da gestão de recursos: somente colocar mais dinheiro sem cobrar dos gestores resultados mais eficientes e mais proficientes não vai resolver. Depois, o Brasil precisa fazer um esforço para o aumento de qualidade em termos de aprendizagem, de eficiência - para que um número maior de crianças chegue ao fim do Ensino Médio -, e ao mesmo tempo reduzir a desigualdade. E o quinto eixo é trabalhar mais por território, e não por município. Trabalhar nas regiões, principalmente naquelas mais desfavorecidas do ponto de vista socioeconômico, como Norte e Nordeste.
Portanto, é um trabalho que envolve planejamento, recursos e manutenção, independentemente do governo que esteja no comando. Não se pode, a cada quatro anos, mudar tudo, ou o pior e o que tem acontecido, ignorar o que está se passando.
No caso específico do Rio Grande do Sul, o número de alunos na rede estadual de ensino caiu de 1,5 milhão para cerca de 900 mil em 10 anos. Mesmo que se dê um desconto pela crise que gerou tanto desemprego, um razoável ou mesmo o grande percentual disso é resultado da descrença no ensino público. Pode estar sendo feita uma injustiça com o modelo. Porém, greves, certas ou não, desmotivação dos profissionais e baixos vencimentos ajudam e muito para que a imagem das escolas públicas não seja boa.
É fundamental que os governantes em todos os níveis, federal, estadual e municipal projetem esta ideia básica nas suas administrações: ensinar desde a mais tenra idade é o que mudará o panorama do Brasil para melhor. E os resultados passarão de geração em geração. 
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