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Opinião

- Publicada em 24 de Janeiro de 2019 às 01:00

Crise moral e sacrifício

Montserrat Martins
Então Deus lhe ordenou: "Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem tu muito amas, e vai-te à terra de Moriá. Sacrifica-o ali como holocausto, sobre uma das montanhas, que Eu te direi" (Gênesis, 22;2). No Antigo Testamento há sacrifícios heroico-trágicos, como o de um próprio filho, em nome de Deus. O que hoje seria chocante em termos literais, tem alto significado simbólico para a administração pública. Num Brasil mergulhado em crise moral e financeira, o exemplo tem de vir de cima, sem o que pedir sacrifícios ao povo parecerá mera hipocrisia. A reforma da Previdência é uma forma de ônus que recai sobre os brasileiros, a trabalhista também, a contenção de despesas, com consequente redução de gastos com programas sociais, são todas decorrências da crise financeira, que implicam em sacrifícios da população. Ônus financeiros assumidos em prol de uma causa maior se tornam compreensíveis, se justificam, enquanto mudanças necessárias para o futuro da sociedade. O mesmo vale para as atitudes moralizadoras que a sociedade demanda. A sociedade quer a prometida transparência do Bndes, cujas atividades envolvem valores bilionários, estratégicos para o desenvolvimento econômico.
Então Deus lhe ordenou: "Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem tu muito amas, e vai-te à terra de Moriá. Sacrifica-o ali como holocausto, sobre uma das montanhas, que Eu te direi" (Gênesis, 22;2). No Antigo Testamento há sacrifícios heroico-trágicos, como o de um próprio filho, em nome de Deus. O que hoje seria chocante em termos literais, tem alto significado simbólico para a administração pública. Num Brasil mergulhado em crise moral e financeira, o exemplo tem de vir de cima, sem o que pedir sacrifícios ao povo parecerá mera hipocrisia. A reforma da Previdência é uma forma de ônus que recai sobre os brasileiros, a trabalhista também, a contenção de despesas, com consequente redução de gastos com programas sociais, são todas decorrências da crise financeira, que implicam em sacrifícios da população. Ônus financeiros assumidos em prol de uma causa maior se tornam compreensíveis, se justificam, enquanto mudanças necessárias para o futuro da sociedade. O mesmo vale para as atitudes moralizadoras que a sociedade demanda. A sociedade quer a prometida transparência do Bndes, cujas atividades envolvem valores bilionários, estratégicos para o desenvolvimento econômico.
Mas também quer a do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), na identificação de indícios de atividades ilícitas. Pois duas iniciativas vão na contramão das expectativas. A primeira foi o artigo 7º do Decreto nº 9.663, de 1 de janeiro de 2019, que veda aos membros do Coaf "manifestar, em qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de julgamento no Plenário". A segunda foi a iniciativa do senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente, de reivindicar para si, junto ao STF, o foro privilegiado no tocante às investigações sobre o seu ex-assessor Queiroz. Quem torce para o sucesso do governo quer que o beneficiado seja o País, a população, não a família presidencial. E que, como disse o vice-presidente, general Mourão, cada um responda por seus atos.
Psiquiatra
 
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