Triste realidade brasileira

Uma pesquisa com 4.000 empresários de micro e pequenas empresas, encomendada pelo Sebrae, indica que só 19% deles registraram a marca de sua empresa no Instituto Nacional da Propriedade Industrial, órgão responsável pela certificação do registro. O documento é necessário para garantir a exclusividade de uso do nome e da marca.

Entre os empresários que não fizeram o registro, a maioria diz que nunca precisou (52%), nunca pensou na questão (37%), não sabia que precisava registrar (25%) ou não sabia como fazer (24%). Já para 14% o problema são os custos.

Notem, pelos números colocados antes, que o maior patrimônio da empresa, a marca, vem sendo relegado a uma segunda ou terceira prioridade. Esta realidade faz com que os litígios por uso indevido, usurpação de nome, concorrência desleal e parasitária tragam prejuízos enormes e, muitas vezes, definitivos para as empresas. Imagine-se comprando qualquer produto de qualquer espécie. O que você faz em primeiro lugar, antes mesmo de verificar o preço? Ver a marca, que é o primeiro contato do produto com o consumidor. Após isso, outros atributos serão vistos, tais como qualidade, quantidade, embalagem etc., mas, antes de quaisquer outros, o que aparece em primeiro lugar é o nome do produto, ou seja, a marca, que pode ser a da sua preferência ou a de seu desejo.

Não é por acaso que encontramos no mercado uma quantidade enorme de produtos semelhantes, com roupagem e marcas muito parecidas. Lembrem-se, a briga é por mercado, e a arma é a marca, mantenha a sua bem forte e protegida.

Um conselho; não gaste seu tempo nem dinheiro com tentativas de registro de marca que não possa ser registrada ou, pior, não possa ser sua. Procure quem conhece e possa lhe indicar o caminho mais curto e correto para que seu mais valioso bem fique devidamente seguro e seu.