O clarão no fim do túnel

Mudanças exigem tempo para resultar eficiência econômica, justiça social e liberdade individual. Caminho longo e inédito. Embora fruto de ordem aleatória, ação humana enceta decisões adequadas para criar instituições políticas e sociais inclusivas. Capitalismo "selvagem" nunca deu as graças por aqui.

Nossa tradição é patrimonialista; elites se locupletavam do Estado intervencionista. Não desejaram desestabilizar políticas distribuidoras de recursos escusos. Crescimento econômico é condição necessária, porém, sustentabilidade depende de reformas sociais, culturais e morais. Vital cidadãos mais ricos intelectual e moralmente. Isso dá-se por meio de melhor qualidade da educação, não só das classes menos favorecidas. Urgente implementação de projeto educacional no nível fundamental, assentado em conhecimentos técnicos e em valores de cidadania e solidariedade. Indispensável mudança cultural que valorize esforço e mérito individual, recompensado por ascensão econômica e social. Crescimento econômico é ponto de partida para Estado moderno e empreendedor, baseado em instituições políticas e sociais fortes e competentes. O crescimento potencializa aumento da classe média e respectiva consciência, qualificação e mobilização de grupos sociais apoiadores de reformas estruturais no Estado. Tal crescimento deve basear-se no empreendedorismo, no livre mercado e em leis que defendam direitos individuais e de propriedade. Assim, reconhece-se que indivíduos são capazes de tomar decisões mais racionais, aumentando confiança na iniciativa privada e no discernimento dos vários segmentos sociais.

Felizmente, vê-se sinais promissores de transformação de mentalidade institucional estatista, clientelista para a desejável visão empreendedora, aquela que valoriza liberdades individuais, a fim de promover a prosperidade individual e, no agregado, o tão esperado desenvolvimento nacional coletivo.