Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 27 de Novembro de 2018 às 01:00

Estamos sob nova direção

Estampam cartazes com esses dizeres as empresas em mudança de comando. "A história é um pesadelo, do qual a estou procurando acordar", escreveu James Joyce. Há de se ter os pés no chão e a imaginação sob freios para se pensar ou escrever sobre nosso País. Somos uma democracia instável. O pleito 2018 foi um tsunami político. Nossos "cientistas políticos" ficaram gagos e vacilantes. Lideranças calejadas e poderosas se viram de mãos vazias. As edificações partidárias foram por água abaixo. Nada será como antes, ou tudo não passará de uma "nuvem passageira", como cantava Hermes Aquino?
Estampam cartazes com esses dizeres as empresas em mudança de comando. "A história é um pesadelo, do qual a estou procurando acordar", escreveu James Joyce. Há de se ter os pés no chão e a imaginação sob freios para se pensar ou escrever sobre nosso País. Somos uma democracia instável. O pleito 2018 foi um tsunami político. Nossos "cientistas políticos" ficaram gagos e vacilantes. Lideranças calejadas e poderosas se viram de mãos vazias. As edificações partidárias foram por água abaixo. Nada será como antes, ou tudo não passará de uma "nuvem passageira", como cantava Hermes Aquino?
Não é em vão que o ponto de interrogação tem a forma de uma orelha! Como? Mas como um homem sozinho, dando signos e sinais de uma metralhadora nas mãos, contando com quatro minguados deputados em sua legenda, se impõe sobre toda a safada e rebuscada montagem partidária com assentos no parlamento nacional? O medo dorme tarde e acorda cedo. A melhor análise social tem por foco os procedimentos da esquerda e da direita, em territórios local e internacional. Enquanto a esquerda tangia as cordas sobre as questões relativas ao direito de minorias, imigrantes, LGBTs e outras questões fracionadas, a direita bateu numa tecla constante e sensível: a grande insegurança do mundo e, em nosso caso, o índice de violência que machuca o rosto do País e nos assombra a cada dia, cada vez mais. Colou-se à imagem de Bolsonaro todos os defeitos humanos cabíveis, reais ou imaginários, que se possa inserir sobre uma biografia. Inutilmente. Caravanas, aviões, militantes, ostentar e esconder o mito encarcerado, de nada valeu. O candidato esfaqueado, do hospital ou de seu pátio, com mensagens claras em produção capenga, se elevou, irresistivelmente.
O livro de nossa história está aberto em uma página em branco. O que escreveremos é responsabilidade comum. O Brasil, hoje, é um país perplexo. O radicalismo e a dúvida convivem com a esperança. Ferida nos flancos, mas teimosa e viva.
Escritor e publicitário
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO