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Opinião

- Publicada em 30 de Outubro de 2018 às 01:00

Democraticamente, os militares voltam

Está selado o destino do Brasil nos próximos quatro anos: Jair Bolsonaro (PSL) será o novo presidente. Após uma campanha conturbada, de violência verbal (e física) propagada por ambos os lados, o capitão da reserva venceu Fernando Haddad (PT) e assumirá o cargo sob a bandeira de uma mudança radical na forma de fazer política no Brasil. Cumprirá suas promessas? O povo brasileiro anseia que sim. Bolsonaro foi uma alternativa surgida face ao desgaste político dos principais partidos do País. Ele incorporou uma direita esfacelada pelos "acordões" no Congresso e angariou votos de uma esquerda que foi incapaz de fazer autocrítica após escândalos de corrupção. Numa campanha marcada por rejeição a diversos candidatos - inclusive ele - Bolsonaro emergiu afirmando que promoverá um governo de união e pacificação. A vitória de Bolsonaro teve méritos. Um candidato sem tempo de TV, com poucos recursos de campanha, mas que doutrinou o poder das redes sociais. Temia-se que o capitão não tivesse governabilidade no Congresso. O primeiro turno, no entanto, mostrou que o fenômeno Bolsonaro não estava restrito ao voto na presidência. O PSL, um partido nanico, contará nos próximos quatro anos com a segunda maior bancada da Câmara. O tom dos adversários na campanha foi elevado a respeito de um potencial intervencionista de Bolsonaro. Declarações do capitão mostraram um apreço pela ditadura militar. No discurso da vitória, entretanto, ele enlevou a Constituição, destacando a livre iniciativa e a propriedade privada, entre muitos aspectos. Afastou a possibilidade de o Brasil sofrer um golpe de qualquer natureza. Agora democraticamente, representantes de militares voltam ao poder no País. Talvez seja um flerte com o passado, sim, mas quem sabe o prelúdio de um tempo novo. O povo deu seu recado nas urnas. Eis o voto soberano da democracia. Ao novo presidente, sorte, compreensão e coerência para recuperar essa nação tão abalada por desmandos de diferentes naturezas. Viva o Brasil!
Está selado o destino do Brasil nos próximos quatro anos: Jair Bolsonaro (PSL) será o novo presidente. Após uma campanha conturbada, de violência verbal (e física) propagada por ambos os lados, o capitão da reserva venceu Fernando Haddad (PT) e assumirá o cargo sob a bandeira de uma mudança radical na forma de fazer política no Brasil. Cumprirá suas promessas? O povo brasileiro anseia que sim. Bolsonaro foi uma alternativa surgida face ao desgaste político dos principais partidos do País. Ele incorporou uma direita esfacelada pelos "acordões" no Congresso e angariou votos de uma esquerda que foi incapaz de fazer autocrítica após escândalos de corrupção. Numa campanha marcada por rejeição a diversos candidatos - inclusive ele - Bolsonaro emergiu afirmando que promoverá um governo de união e pacificação. A vitória de Bolsonaro teve méritos. Um candidato sem tempo de TV, com poucos recursos de campanha, mas que doutrinou o poder das redes sociais. Temia-se que o capitão não tivesse governabilidade no Congresso. O primeiro turno, no entanto, mostrou que o fenômeno Bolsonaro não estava restrito ao voto na presidência. O PSL, um partido nanico, contará nos próximos quatro anos com a segunda maior bancada da Câmara. O tom dos adversários na campanha foi elevado a respeito de um potencial intervencionista de Bolsonaro. Declarações do capitão mostraram um apreço pela ditadura militar. No discurso da vitória, entretanto, ele enlevou a Constituição, destacando a livre iniciativa e a propriedade privada, entre muitos aspectos. Afastou a possibilidade de o Brasil sofrer um golpe de qualquer natureza. Agora democraticamente, representantes de militares voltam ao poder no País. Talvez seja um flerte com o passado, sim, mas quem sabe o prelúdio de um tempo novo. O povo deu seu recado nas urnas. Eis o voto soberano da democracia. Ao novo presidente, sorte, compreensão e coerência para recuperar essa nação tão abalada por desmandos de diferentes naturezas. Viva o Brasil!
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