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Opinião

- Publicada em 18 de Outubro de 2018 às 01:00

Scliar e os médicos de espírito gigante

Leandro Minozzo
Comemoramos hoje o Dia do Médico. É uma data que me traz alegria justamente pela oportunidade que recebi. A cada ano, tento fazer reflexões diferentes. Esse ano, como estamos vivendo um momento turbulento e decisivo em nosso País, me veio como oportuno relembrar um dos grandes médicos do nosso Rio Grande, o Dr. Moacyr Scliar. Tive a oportunidade de ter sido seu aluno na faculdade e, ao escolher referências para o discurso de orador da turma, encontrei o discurso proferido pelo próprio Scliar em 1962, na Ufrgs. Nessa descoberta, pude conhecer um pouco mais sobre os sonhos do jovem do Bom Fim, engajado na campanha da Legalidade, ativo na política estudantil e com um otimismo contagiante em relação ao mundo. Usei um parágrafo inteiro do seu discurso para finalizar o que fiz em 2007: "Os problemas de nosso povo são gigantescos. Para enfrentá-los, precisamos de médicos de espírito gigante, armados com todas as conquistas da ciência, e, ao mesmo tempo, conhecedores profundos de nossa realidade socioeconômica. O médico tem hoje um lugar definido na luta pela emancipação social e econômica de nosso povo. Seu lugar é ao lado dos operários, dos camponeses, dos estudantes, dos profissionais liberais, dos industrialistas, dos intelectuais, dos comerciantes, de todos que lutam por um Brasil livre do subdesenvolvimento e da exploração".
Comemoramos hoje o Dia do Médico. É uma data que me traz alegria justamente pela oportunidade que recebi. A cada ano, tento fazer reflexões diferentes. Esse ano, como estamos vivendo um momento turbulento e decisivo em nosso País, me veio como oportuno relembrar um dos grandes médicos do nosso Rio Grande, o Dr. Moacyr Scliar. Tive a oportunidade de ter sido seu aluno na faculdade e, ao escolher referências para o discurso de orador da turma, encontrei o discurso proferido pelo próprio Scliar em 1962, na Ufrgs. Nessa descoberta, pude conhecer um pouco mais sobre os sonhos do jovem do Bom Fim, engajado na campanha da Legalidade, ativo na política estudantil e com um otimismo contagiante em relação ao mundo. Usei um parágrafo inteiro do seu discurso para finalizar o que fiz em 2007: "Os problemas de nosso povo são gigantescos. Para enfrentá-los, precisamos de médicos de espírito gigante, armados com todas as conquistas da ciência, e, ao mesmo tempo, conhecedores profundos de nossa realidade socioeconômica. O médico tem hoje um lugar definido na luta pela emancipação social e econômica de nosso povo. Seu lugar é ao lado dos operários, dos camponeses, dos estudantes, dos profissionais liberais, dos industrialistas, dos intelectuais, dos comerciantes, de todos que lutam por um Brasil livre do subdesenvolvimento e da exploração".
Scliar conclamou seus colegas à reflexão e à responsabilidade social num viés muito político. Nesse 18 de outubro, somos testemunhas e parte de uma sociedade também cheia de tensões, com sinais inegáveis de medo, de intolerância e, infelizmente, de violência. Além de nosso papel social de cuidar e de promover a saúde, precisamos exercer cada vez mais uma função de continentes e de pacificadores. De repente, não precisamos nem mesmo ser, enquanto classe, um dos atores principais dessa transformação política como desejava o jovem Scliar. Acredito que podemos e devemos ser os propagadores de humanidade, de compaixão e de tolerância entre as pessoas. Temos, sim, essa capacidade. É um desafio e um chamado a todos nós! Parabéns a nós médicos gaúchos e vamos em frente!
Médico geriatra
 
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